quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Portugal: Caminho de dificuldades



O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou, a propósito da recessão da economia portuguesa prevista para 2012, que o Governo sabe e nunca escondeu que Portugal tem pela frente «um caminho de dificuldades».

Questionado pelos jornalistas, no Parlamento, Miguel Relvas começou por afirmar que a maioria PSD/CDS-PP nunca prometeu «facilidades», avisou que seriam necessários «sacrifícios», mas obteve a confiança dos portugueses para «ultrapassar as dificuldades gerindo um projecto de mudança para Portugal».

«É o que estamos a fazer, na economia, nas finanças. Só faz crescer a economia quem tem a capacidade de controlar a despesa e o défice», considerou o ministro, antes de apontar o dedo ao PS: «Nós sabíamos que o Estado em Portugal gastava demais, mas essa era a função de outros. Aqueles que cá estiveram gastaram, cabe agora a esta nova maioria criar condições para que Portugal ultrapasse estas dificuldades».

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, admitiu hoje que a previsão do Governo de recessão económica para 2012 poderá chegar aos 2,5 por cento, devido à conjuntura internacional.

Segundo o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, o país enfrenta «dificuldades não só portuguesas, mas também dificuldades europeias».

Miguel Relvas reforçou que o Governo está consciente de que Portugal tem «pela frente um caminho de dificuldade». «Agora, o que nós prometemos e dizemos aos portugueses de uma forma muito clara é que todas as dificuldades, todos os sacrifícios, toda a austeridade tem de ser feita com justiça, com equilíbrios, e que tem de valer a pena. Os portugueses têm de sentir que fizeram sacrifícios para que Portugal ultrapassasse estas circunstâncias», completou.

Nestas declarações aos jornalistas, Miguel Relvas voltou a sustentar que nos primeiros cem dias em funções «nunca um Governo em Portugal foi tão reformista, teve tantas iniciativas, foi capaz de mudar».

«A verdade é que fizemos muito, mas ainda sabe a pouco. Passámos os primeiros cem dias tentar e a conseguir criar mecanismos para controlar a despesa, para controlar o défice, mas sabemos que há o outro lado, que é o do crescimento da economia. Nós precisamos de gerar emprego porque se as empresas portuguesas não forem competitivas e não exportarem, nós não geramos emprego e se não geramos emprego não geramos riqueza. Esse é o nosso objetivo», concluiu.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Governo: Megaleilão de Imóveis



O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social tem em curso a maior operação de alienação de património de que há registo. Estão à venda 130 imóveis devolutos, em várias zonas do Norte e Sul de Portugal, com os quais o organismo tutelado pelo ministro Pedro Mota Soares pretende angariar mais de 20 milhões de euros, segundo os preços-base definidos para os imóveis.
Os imóveis em questão são património desocupado – nomeadamente devido a penhoras por dívidas à Segurança Social – e, nalguns casos, as instalações apresentam até algum grau de degradação. O imóvel com preço-base mais baixo é uma garagem na Marinha Grande, posta à venda por 3.230 euros. O mais caro são as antigas instalações industriais da empresa Máquinas Pinheiro, na Trofa, cuja licitação terá de ser superior a 3,5 milhões de euros.

Nos registos históricos disponibilizados no site da SS, que recuam até ao ano 2000, é a maior operação do género conduzida por este organismo, em número de imóveis postos à venda.

E, como é normal nos leilões do Estado, os montantes definidos como licitação-base podem ser uma boa oportunidade de negócio, embora o estado dos imóveis tenha de ser ponderado com cautela pelos potenciais compradores. Por exemplo, um T4 na Rua Silva Carvalho, em Campo de Ourique, Lisboa, tem o preço-base de 189 mil euros, e há um T7 à venda por 350 mil euros na Avenida Guerra Junqueiro. Embora as habitações estejam abaixo dos preços de mercado, as fotos disponibilizadas pela SS mostram que as obras de recuperação necessárias podem ser dispendiosas.

Até ao final do mês decorre um período de visitas aos imóveis. As propostas devem ser entregues até 3 de Outubro. A empresa ou particular que ficar com os imóveis terá de pagar uma entrada de 15% do valor da compra, sendo o montante remanescente liquidado no momento da escritura de compra e venda.

O SOL questionou o Ministério da Solidariedade e Segurança Social sobre o destino das receitas com a alienação dos imóveis, mas não obteve esclarecimentos até ao fecho da edição.

joao.madeira@sol.pt

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Coligação Agradece

A coligação agradece

Diz a Oposição que «a coligação não está a cortar na ‘gordura’ do Estado, conforme prometeu, e em vez disso sobrecarrega os mesmos de sempre com mais impostos.» E os portugueses, será que acham o mesmo dos primeiros meses da governação de Passos Coelho?

Há impostos que vão aumentar, sim. Transitoriamente e não para «os mesmos de sempre» ou para «os mais desfavorecidos». Injustamente ou não, a verdade é que o aumento de 2,5% da taxa máxima de IRS, anunciado por Vítor Gaspar, incide apenas sobre os contribuintes do último escalão, aqueles que auferem mais de 153,3 mil euros/ano, os quais, conjuntamente com os do penúltimo escalão mais elevado, sofrerão também o fim -decretado por dois anos- das deduções com Saúde e Educação.

A outra parte da mesma verdade é que os portugueses compreendem que, menos de três meses de governação depois, ainda é cedo para exigir todos os resultados da prometida contenção que está a ser levada a cabo do lado da despesa e que até 2013 equivalerá a mais de 8,5 mil milhões de euros.

Não deixa, pois, de ser algo surpreendente ouvir a esquerda falar, apesar de, creio, consciente da sua demagogia. Interrogo-me sobre o que, para si, seria mais correcto fazer nesta fase? Agravar os impostos aos cidadãos dos escalões inferiores e aliviar os contribuintes de mais elevados rendimentos para, assim, conseguir atacar a situação de emergência financeira, herdada dos governos Sócrates?

E esse discurso dos partidos à esquerda da governação, será ele politicamente eficaz? Assim fosse e as últimas sondagens não confirmariam a maioria absoluta do Governo e, à Oposição, os mesmos resultados alcançados em 5 de Junho. Passos e Portas, com a popularidade ainda em alta, só devem agradecer ao PS, CDU e BE pelo caminho escolhido.

PS: Achei no mínimo estranho alguns participantes na Universidade de Verão do PSD terem efusivamente cantado «Soares é fixe! Soares é fixe!» após a intervenção do ex-Presidente da República, em Castelo de Vide. Será que não haveria outra maneira de (a Jota) agradecer a palestra, por certo simpática e meritória, que o histórico socialista ofereceu em terreno social-democrata?

Nuno Marques - Vereador da Câmara de Lagos eleito pelo PSD
Este artigo de opinião foi publicado na edição do dia 9 de Setembro de 2011 do jornal 'O Algarve' (distribuido aos sábados no Algarve com o jornal 'Expresso').
http://insuspeito.blogspot.com/2011/09/coligacao-agradece-opiniao-publicada-no.html


Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....
OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .