sábado, 18 de fevereiro de 2012

Marques Mendes defende Governo


O ex-presidente social-democrata Luís Marques Mendes disse esta sexta-feira que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, «não está a governar para ganhar eleições», correndo o risco de «não ganhar as próximas».

Em declarações aos jornalistas à entrada para a apresentação do livro «GENEPSD - Contributos para uma Social-Democracia Portuguesa», Marques Mendes considerou «correctíssima» a «linha estratégica que está a ser seguida» pelo Governo.

Na cerimónia, que contou também com a presença do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, o conselheiro de Estado defendeu que «se o Partido Socialista estivesse neste momento no Governo, 95 por cento das decisões eram rigorosamente iguais», considerando que «dizer o contrário é mentira ou é demagogia».

Na opinião de Marques Mendes, «num momento tão difícil como este, Portugal não pode falhar», entendendo que o país «tem sorte em poder ter um primeiro-ministro com as características que tem Pedro Passos Coelho».

«Ele não está a governar para ganhar eleições. Até corre o risco de não ganhar as próximas eleições», sublinhou.

O social-democrata reforçou que o primeiro-ministro «não vai substituir nunca o interesse do país pelo interesse do partido e não vai colocar nunca o interesse das próximas gerações abaixo do interesse das próximas eleições».

Questionado sobre os máximos históricos dos números do desemprego atingidos em Portugal, o ex-líder do PSD afirmou que «se pode criticar o Governo por várias coisas de pormenor», mas salientou que «a linha estratégica que está a ser seguida é correctíssima».

«Neste momento acho que as pessoas estão revoltadas, estão desesperadas, estão angustiadas. Eu próprio olho para algumas decisões e sinto uma certa revolta interior só que eu acho que não devo revoltar-me relativamente a quem está a tentar construir soluções, mas sim revoltar-me relativamente a quem criou este problema», enfatizou.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Seduzir Angola condena Portugal ao «declínio»



Apostar no investimento angolano condena Portugal ao «declínio». O aviso é do presidente do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz, que, tal como Angela Merkel fez esta semana, apontou a economia nacional como um mau exemplo, um exemplo daquilo que não deve ser feito na União Europeia.

Se chanceler alemã apontou o dedo à Madeira, relativamente ao uso de fundos estruturais para a construção de túneis e auto-estradas, Schulz criticou a visita de Passos Coelho a Angola, em Novembro, onde tentou seduzir os angolanos a investir nas privatizações nacionais.

«Há umas semanas estive ler um artigo no Neue Zurcher Zeitung que até recortei. O recém-eleito primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, deslocou-se a Luanda» e «apelou ao governo angolano a que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável, em conjugação com a nossa estabilidade económica, só teremos hipóteses no quadro da UE», afirmou Schulz, num debate sobre os parlamentos na UE, que teve lugar a 1 de Fevereiro na Biblioteca Solvay, em Bruxelas. Declarações a que o «Público» teve acesso através de um vídeo.

Com este alerta, o presidente do Parlamento Europeu quis fazer referência ao «perigo social» de uma diplomacia económica centrada em países como Angola ou como a China, uma «sociedade esclavagista, sem direitos,numa ditadura que oprime implacavelmente o seu humano».

Eurodeputado quer esclarecimentos

A posição de Schulz causou surpresa a Paulo Rangel, eurodeputado pelo PSD que adiantou ao mesmo jornal que vai fazer «um pedido formal de esclarecimento» ao presidente do Parlamento Europeu.

À Lusa, Rangel disse que «o presidente de uma instituição europeia não pode fazer uma crítica à política externa portuguesa». «Portugal é, há nove séculos, um Estado independente e há cinco séculos que tem relações privilegiadíssimas com os cinco continentes, designadamente com os espaços em que se fala a língua portuguesa».

Embora admita que as críticas do presidente do Parlamento Europeu tivessem um carácter exemplificativo, «procurando dar a entender que a Europa não está a fazer tudo o que devia e isso faz com que os países tenham de procurar soluções noutros continentes», o eurodeputado referiu não compreender a «facilidade com que se fala sobre a diplomacia portuguesa e das suas prioridades».

Por isso, «aquilo que eu vou fazer esta manhã - aliás dentro de momentos - é apresentar ao presidente Martin Schulz um pedido formal de esclarecimento. Vou pedir que ele esclareça qual o sentido das suas afirmações, explico as prioridades da política externa portuguesa - que ele, aliás, conhece».

E, reiterou, «não é institucionalmente correcto que o presidente do Parlamento Europeu, enquanto tal, possa produzir esse tipo de declarações».

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....
OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .