Intervenção de MATOS ROSA na AR
«Obrigado Senhora Presidente,
Senhor Primeiro-Ministro,
Senhores Membros do Governo,
Senhoras e senhores deputados,
É difícil encontrar paralelo histórico para o momento político-financeiro que estamos a viver.
Portugal
confronta-se, pela primeira vez, com uma crise em que não dispomos de
alguns instrumentos típicos para resolver os nossos problemas.
Permitam-me que relembre o que disse o Dr. Mário Soares, em 1 de Junho de 1984, à RTP:
“Anunciámos
medidas de rigor e dissemos em que consistia a política de austeridade,
dura mas necessária, para readquirirmos o controlo da situação
financeira, reduzirmos os défices e nos pormos ao abrigo de humilhantes
dependências exteriores, sem que o pais caminharia, necessariamente para
a bancarrota e o desastre”. Fim de citação
Estamos novamente sob assistência, mas o que é de assinalar, desde logo, é que o cumprimento do actual programa de ajustamento tem vindo a ser bem percepcionado pelos mercados e pelas instituições internacionais.
Todas as avaliações que foram feitas pela Troika são positivas.
E isso é uma obra deste governo e de todos os Portugueses!
/…/
Entrámos numa fase decisiva e muito exigente.
Temos de continuar a proceder à correcção significativa dos desequilíbrios acumulados ao longo de muitos anos.
Do estudo aprofundado e minucioso que efectuei ao orçamento para 2013, realço que o mesmo põe àprova a nossa capacidade para prosseguir reformas e acumular credibilidade.
Com este Orçamento está-se a criar futuro para os cidadãos, famílias e empresas.
Este Orçamento do Estado é um exercício de determinação.
É verdade que é pedido um esforço muito grande a todos os portugueses.
Mas também é verdade que se verifica uma repartição justa e equitativa dos sacrifícios.
Existe também, uma vontade clara em cortar na despesa.
Este é o orçamento que consubstancia os maiores cortes no desperdício de que há memória.
Este orçamento é amigo das empresas e da criação de emprego.
Este é o orçamento do compromisso com o estado social, do compromisso com o tribunal constitucional, do compromisso com o euro.
Sr. Primeiro Ministro,
É importante saber sempre o nosso ponto de partida, e por isso gostaria de conhecer:
Qual
foi o montante da redução em 2011 e 2012 da despesa primaria do estado,
bem quanto é o saldo estrutural primário em 2012, e os seus efeitos no
orçamento agora em discussão?
Disse.»
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
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