O momento político é dominado pelas auto-estradas sem custos para o utilizador, vulgo SCUT, grande invenção da engenharia financeira de um governo socialista que em tempos de vacas gordas, não percebeu uma regra básica da credibilidade política: validar a sustentabilidade dos investimentos e perceber se poderia ser grátis para o utilizador, ou seja, pago por todos os Portugueses.
É estranho e fruto de completo desnorte, ouvir os dirigentes socialistas agredir os outros partidos políticos e nomeadamente o PSD, que defende, desde há mais de 10
anos, o princípio de quem utiliza deve pagar, critério que deve ser aplicado a todas as estradas que se enquadrem nestas condições.
As SCUT são um pesado boomerang de arremesso político para o PS. A (justa) ironia do destino quis que fosse o mesmo partido político, afinal, a concluir que os Portugueses não poderão continuar a suportar mais de 700 milhões de Euros por ano.
Fica evidente também que retirar benefícios é muito mais difícil (ainda) do que criar regras correctas e sustentáveis desde o início. Num cenário de crise económica, valem todos os argumentos e percebemos que as pessoas se incomodam e revoltam.
Independentemente das razões de cada região ou distrito, o argumento dos indicadores de desenvolvimento económico é completamente falacioso. Na realidade, nem precisamos de sair do distrito de Coimbra ou de Leiria, bem até como de Viseu ou de Castelo Branco e Guarda, para perceber o número de concelhos e o vasto território que não tem uma acessibilidade digna desse nome.
Quem tem acessibilidades, pode na competitividade territorial impor-se muito mais facilmente do que aqueles que não as têm. Será caso para dizer que em vastas áreas destes distritos, não nos importaríamos de ter uma CCUT (Com custos para o Utilizador) e, desse modo, ter atraído pessoas e investimentos para os nossos territórios, durante mais de 10 anos, ainda que com mais alguns custos de contexto.
Também se deverá dizer que as populações destes nossos territórios (alguns com os mais baixos indicadores de desenvolvimento de Portugal) foram e estão a ser solidárias (será isto correcto?) com todas essas regiões que entretanto tiveram (e ainda bem) a oportunidade de se desenvolverem a outro ritmo.
O Governo, agora, por necessidade e “monitorizado” pela habitual coerência política de Pedro Passos Coelho, vai corrigir esta despesa pública insustentável, ainda que reconhecidamente no pior contexto económico possível.
Fica também claro e evidente que o mesmo Governo Socialista deve rapidamente colocar em marcha um plano de redução de desperdícios do Estado, avaliando e analisando a necessidade e o valor de institutos, empresas públicas, trabalhos especializados encomendados externamente, número de assessores e motoristas, etc.
Esta redução de despesa, colocada pelo PSD como condição para viabilizar o PEC II, é a única via para moralizar a sociedade e o sistema democrático, esvaziando argumentos válidos que apontam para a redução da gordura de um Estado que, desde o tempo das SCUT, não percebeu que esse caminho, um dia, iria ter um fim.
(*) Presidente da C. M. de Penela, Vogal da CPN
É estranho e fruto de completo desnorte, ouvir os dirigentes socialistas agredir os outros partidos políticos e nomeadamente o PSD, que defende, desde há mais de 10
anos, o princípio de quem utiliza deve pagar, critério que deve ser aplicado a todas as estradas que se enquadrem nestas condições.
As SCUT são um pesado boomerang de arremesso político para o PS. A (justa) ironia do destino quis que fosse o mesmo partido político, afinal, a concluir que os Portugueses não poderão continuar a suportar mais de 700 milhões de Euros por ano.
Fica evidente também que retirar benefícios é muito mais difícil (ainda) do que criar regras correctas e sustentáveis desde o início. Num cenário de crise económica, valem todos os argumentos e percebemos que as pessoas se incomodam e revoltam.
Independentemente das razões de cada região ou distrito, o argumento dos indicadores de desenvolvimento económico é completamente falacioso. Na realidade, nem precisamos de sair do distrito de Coimbra ou de Leiria, bem até como de Viseu ou de Castelo Branco e Guarda, para perceber o número de concelhos e o vasto território que não tem uma acessibilidade digna desse nome.
Quem tem acessibilidades, pode na competitividade territorial impor-se muito mais facilmente do que aqueles que não as têm. Será caso para dizer que em vastas áreas destes distritos, não nos importaríamos de ter uma CCUT (Com custos para o Utilizador) e, desse modo, ter atraído pessoas e investimentos para os nossos territórios, durante mais de 10 anos, ainda que com mais alguns custos de contexto.
Também se deverá dizer que as populações destes nossos territórios (alguns com os mais baixos indicadores de desenvolvimento de Portugal) foram e estão a ser solidárias (será isto correcto?) com todas essas regiões que entretanto tiveram (e ainda bem) a oportunidade de se desenvolverem a outro ritmo.
O Governo, agora, por necessidade e “monitorizado” pela habitual coerência política de Pedro Passos Coelho, vai corrigir esta despesa pública insustentável, ainda que reconhecidamente no pior contexto económico possível.
Fica também claro e evidente que o mesmo Governo Socialista deve rapidamente colocar em marcha um plano de redução de desperdícios do Estado, avaliando e analisando a necessidade e o valor de institutos, empresas públicas, trabalhos especializados encomendados externamente, número de assessores e motoristas, etc.
Esta redução de despesa, colocada pelo PSD como condição para viabilizar o PEC II, é a única via para moralizar a sociedade e o sistema democrático, esvaziando argumentos válidos que apontam para a redução da gordura de um Estado que, desde o tempo das SCUT, não percebeu que esse caminho, um dia, iria ter um fim.
(*) Presidente da C. M. de Penela, Vogal da CPN
Fonte: Psd Povo livre
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