O director da Universidade de Verão do PSD, o eurodeputado Carlos 
Coelho, afirmou, em declarações à Lusa, que esta é a décima edição desta
 iniciativa com que os sociais-democratas marcam tradicionalmente a rentrée
 política. Como habitualmente, a Universidade de Verão vai formar cem 
alunos, para que sejam “capazes de fazer intervenção cívica mais 
qualificada”, segundo Carlos Coelho.
A semana de formação começa 
nesta segunda-feira, com um jantar-conferência que, ao contrário do que 
aconteceu nos anos anteriores, não vai contar apenas com o presidente da
 Câmara Municipal de Castelo de Vide. Desta vez, junta-se a António 
Ribeiro a líder do PSD-Açores, Berta Cabral, candidata a presidir ao 
Governo Regional nas eleições de 14 de Outubro.
Um pouco antes, Carlos Coelho, o presidente da JSD, Duarte Marques, o secretário-geral do PSD, Matos Rosa, o presidente do Instituto Sá Carneiro, Carlos Carreiras, e o primeiro vice-presidente do PSD, Moreira da Silva, fazem a sessão formal de abertura.
Na terça-feira, a aula de Relações 
Internacionais, com o título “Há sinais de esperança num mundo em 
crise?”, será dada pelo professor e ex-líder do CDS Adriano Moreira, 
cabendo a de Ciências Sociais (“Os novos e os velhos-novos actores 
políticos na democracia do século XXI”) ao ex-presidente do PSD Marcelo 
Rebelo de Sousa.
O convidado do jantar-conferência de terça-feira
 é o assessor político do primeiro-ministro Miguel Morgado, que vai 
fazer uma intervenção dedicada aos “valores e à ideologia”, também de 
acordo com Carlos Coelho.
Na quarta-feira, o dia começa com uma aula de Ambiente, por Carlos Pimenta, e continua com outra sobre comunicação, que darão Carlos Coelho e Rodrigo Moita de Deus. Ao jantar, falarão “quatro revelações na área do empreendedorismo jovem, que tiveram sucesso em Portugal e lá fora”: Miguel Pina Martins, David Valente, Joana Lopes Clemente e Rui Lopes.
António Borges e Leonor Beleza
Quinta-feira
 é dia de aula de Economia com António Borges, economista e consultor do
 Governo, com a intervenção “Lições do passado e ambições para o 
futuro”. A presidente da Fundação Champalimaud e ex-ministra da Saúde, 
Leonor Beleza, será a convidada do jantar-conferência.
Na sexta-feira, Conceição Zagalo, da Grace, vai falar sobre responsabilidade social e, à tarde, Paulo Rangel e Manuela Franco vão abordar a questão da “Europa federal”. À noite, o ex-ministro socialista Luís Amado falará aos alunos durante o jantar.
No sábado, caberá
 à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, falar sobre “O Estado 
que temos de reformar” e à procuradora-geral-adjunta, Cândida Almeida, 
abordar o combate à corrupção no jantar-conferência.
A 
Universidade de Verão encerra no domingo, dia em que Pedro Passos 
Coelho, “presidente do PSD e primeiro-ministro de Portugal, fará a 
intervenção política da rentrée”, referiu Carlos Coelho.
O
 eurodeputado disse ainda que haverá “algumas novidadezinhas” que serão 
reveladas ao longo da semana, para celebrar o décimo aniversário da 
Universidade de Verão, garantindo apenas que não se trata de oradores 
não divulgados.
Carlos Coelho faz “um balanço muito positivo” 
destes dez anos: dez dos deputados desta e da anterior legislatura 
passaram pela Universidade de Verão do PSD, havendo ainda presidentes de
 câmara e vereadores entre os ex-alunos. “Mas isto, para mim, não é 
sequer o principal método de avaliação, porque aquilo que nos interessa é
 que os jovens saiam lá para fora com vontade de fazer intervenção 
cívica”, destacando que há muitos que estão hoje em organizações 
não-governamentais ou no poder local “fora da lógica partidária, mas com
 grande componente de intervenção cívica”.

