Conferência de imprensa dia 8 de Junho
No dia 2 de Junho passado, no final de um debate promovido pela Rádio Portalegre e inserido na campanha eleitoral para estas Europeias, o candidato do PS, Dr. João Realinho, declarou que o seu partido não pedia votos porque acreditava que os Portugueses saberiam escolher no dia 7 de Junho, e que iriam dar a vitória ao partido ue a merecesse. Por uma vez concordo em absoluto, e sem reservas, com o Dr. João Realinho e com o PS! De facto, os Portugueses foram chamados a votar, e uma vez mais, dando provas de grande sabedoria e capacidade de avaliação, souberam dar a vitória ao partido que na verdade merecia ganhar: só que ao contrário do que o PS esperava, o indiscutível vencedor das Europeias 2009 foi o Partido Social Democrata!
Nestas eleições, e para além da derrota estrondosa e clara do PS, do Eng.º Sócrates e do Dr. Vital Moreira, houve um outro grande derrotado: as sondagens e as projecções efectuadas antes do acto eleitoral! Várias dezenas foram divulgadas ao longo dos últimos meses, e apenas uma apresentou o PSD 0,3% acima do PS. Todas as outras davam a vitória aos socialistas! Mas afinal, e quando foi efectuada a verdadeira consulta popular, através do voto, constatou-se que todas essas sondagens estavam erradas: na hora da verdade, o PSD venceu com 5% de vantagem!
Já agora, e a propósito deste assunto: começámos já a assistir, ainda na noite eleitoral à divulgação de sondagens relativas às próximas Legislativas. E, sem grande surpresa face ao que acabámos de dizer, lá aparece o PS a vencer com alguma vantagem. Só que, e como muito bem observou o Dr. António Barreto, ontem ainda num dos canais de televisão, perante os resultados das Europeias, e face à nova realidade eleitoral e sociológica que os mesmos traduzem, essas sondagens para as Legislativas (realizadas há cerca de uma semana) “de nada valem e têm que ser deitadas para o lixo” (foi esta exactamente a expressão do Dr. António Barreto).
Reportemo-nos agora apenas à realidade e aos resultados do nosso Distrito. Verificamos que o PS foi o partido mais votado no Distrito de Portalegre, com 31,04% dos votos. Mas esta é, em nosso entender, uma vitória amarga; quer pela derrota a nível nacional, quer sobretudo se atendermos ao facto de que nas Europeias de 2004 o PS tinha obtido 51,09% (baixou agora portanto em 20 pontos percentuais, e em termos de votos, perdeu mais de 8.700 eleitores). E se analisarmos a percentagem obtida pelo PS nas Legislativas de 2005 (em que conseguiu 54,80% dos votos) a descida é ainda mais significativa. Ao contrário, o PSD tem motivos para acreditar que está a subir, de forma gradual e sustentada, junto do eleitorado do Distrito: em 2004, e não esqueçamos que então concorreu em coligação com o CDS, obteve 22,9%, correspondentes a 9.501 votos. Ontem, e concorrendo sozinho, teve 24% e 9.596 votos.
A concluir gostaria de referir que termino hoje a minha participação neste processo, em que me envolvi pessoal e politicamente, com a consciência do dever cumprido, e de ter, ainda que modestamente, tentado contribuir para esta vitória do PSD, e para o renascer da esperança em Portugal e nos Portugueses. Sozinha nada teria conseguido; e como disse na última sexta-feira, no final de um jantar-convívio que juntou aqueles que participaram mais activamente na campanha eleitoral, não posso deixar de fazer aqui, uma vez mais, uma referência de agradecimento e de reconhecimento pelo entusiasmo e pelo apoio que recebi da estrutura distrital do Partido (e em particular do seu Presidente, Dr. Crespo), das suas secções concelhias, da sempre presente JSD, dos nossos autarcas e, sem dúvida, dos militantes e simpatizantes do PSD no Distrito.
Tal como podemos ler num cartaz, que hoje mesmo começou a ser divulgado por todo o País, nós no Partido Social Democrata “nunca baixamos os braços”! E por isso mesmo, agora que ganhámos esta etapa, estamos preparados e ainda mais motivados para os embates que se avizinham: as próximas legislativas e autárquicas. Porque, também aí, queremos ser vencedores!
Muito obrigada!
Paula Marques ( Candidata às Eleições Europeias)
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