De visita a Portalegre, Pedro Passos Coelho, aproveitou o almoço com militantes do seu partido para lançar criticas sobre o Governo e a intenção de encerrar escolas com menos de 20 alunos.
"Pedro Passos Coelho questionou ao início da tarde de hoje(domingo) a decisão do Governo de encerrar as escolas com menos de 20 alunos. O líder e presidente do PSD criticava esta atitude do Governo ao mesmo tempo que questionava o executivo de José Sócrates sobre o número de Institutos Públicos que este pretende encerrar ou o número de assessores que pretende dispensar.las com poucos alunos é uma exigência pedagógica e uma exigência financeira e a gente pergunta: quantos Institutos Públicos decidiu o Governo encerrar em Portugal?", questionou Passos Coelho perante a plateia de militantes.
Continuando o seu discurso com perguntas ao Governo, o líder dos sociais-democratas atacou depois com novas questões sobre o número de assessores e adjuntos que o Governo irá dispensar.
"Quantos lugares de assessores e adjuntos vai o Governo declarar que vai pôr fim nos próprios gabinetes do Governo?", acrescentou.
Pedro Passos Coelho afirmou igualmente que o Estado tem que estar "ao nosso serviço" e que os portugueses têm que se tornar mais "exigentes" com as reformas do Estado.
"O Estado tem que estar ao nosso serviço. Não somos nós que estamos ao serviço do Estado e daqueles que lá trabalham, nós temos que começar a ser mais exigentes também relativamente à reforma do próprio Estado", declarou.
Para o líder do PSD a despesa pública tem que ser "reestruturada" ao mesmo que que se referia a que nesta altura começam a surgir vários militantes do PS "incomodados" com as medidas de austeridade que estão a ser tomadas e que, por esse motivo, "haveria hoje gente no PS que preferia que fosse o PSD para o Governo mais cedo para fazer as medidas de austeridade para a cigarra voltar no tempo da bonança".
"Há pessoas hoje no PS que já mostram incómodo por perceber que os próximos anos vão ser muito difíceis e que é muito aborrecido ficar no Governo uma série de anos a tomar as dores de toda a gente, sem poder fazer um bonito", disse Passos Coelho.
Por isso "nós temos que resistir a este tipo de avaliação e análise. As sondagens para nós são um estímulo, sabemos que estamos a recuperar, sabemos que o país volta a olhar para o PSD com uma expectativa positiva, que não tem medo da nossa mensagem e que pressente que o próximo Governo vai ser do PSD", acrescentou o líder do PSD.
Austeridade no Estado
Para o presidente do PSD os exemplos de austeridade têm, principalmente, que partir do Estado, ao mesmo tempo que defendeu que estas medidas devem também reflectir-se na própria máquina do Estado, designadamente no limites para as reformas.
"Aqueles que recebem pensões muito elevadas também têm que dar o exemplo. Nós devíamos limitar em Portugal, por lei, as pensões máximas e aquelas que se podem acumular", afirmou.
Para Passos Coelho a "tendência deveria ser cada vez mais para não haver acumulação de pensões. Num estado de necessidade não pode haver acumulação de pensões e de pensões muito elevadas", acrescentou.
O líder do PSD voltou a referir-se em Portalegre aos vencimentos dos políticos e ao acordo alcançado sobre este assunto entre o PSD e o Governo.
"Diz o primeiro ministro que não acredita em gestos simbólicos, mas como foi preciso fazer um acordo com o PSD teve de aceitar que se baixasse em cinco por cento os salários da classe política. Eu não faço demagogia com isso, não é que os políticos ganhem muito, mas têm que dar o exemplo e o Estado tem que dar também o exemplo", concluiu.
Fonte:RTP1
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