Votar não é obrigatório, mas é um direito e um dever cívico essencial à democracia.
Só com o voto asseguramos que não sejam os outros a decidir por nós.
Se, em consciência, reconhecer que a sua vontade não deve ser ignorada, vote no dia 23 de Janeiro, apele ao voto e partilhe este apelo. Toda a informação sobre o seu número de eleitor e sobre onde e como deve votar pode ser encontrada muito facilmente no site www.recenseamento.mai.gov.pt ou no Portal do Eleitor.
Manifesto eleitoral: Cavaco Silva
"Partilhamos um destino comum. Esse destino é Portugal. Vivemos numa sociedade plural, onde confluem diferentes credos e doutrinas, ideologias distintas, modos de pensar diversos. A isso chama-se liberdade. É justamente porque existe uma diversidade de ideias e concepções do mundo que temos de preservar aquilo que nos une como comunidade de destino.
O Presidente da República deve ser o primeiro garante da coesão nacional. Na sua actuação, deve unir os Portugueses, não dividi-los. Esta regra de actuação é válida para todos os tempos, mas sobretudo no momento que atravessamos. O quadro político, social e económico em que têm lugar as eleições presidenciais de 2011 é muito diferente daquele que existia em Janeiro de 2006. À crise económica junta-se uma maior exigência de estabilidade política e de governabilidade e, por outro lado, um risco acrescido de agravamento das tensões sociais. Nunca, como hoje, se exigiu tanto de um Presidente em termos de moderação, bom senso e sentido de equilíbrio. Nunca, como hoje, um Presidente teve a obrigação de intervir com independência em relação às forças partidárias e de manter um estrito dever de reserva quanto a medidas objecto de controvérsia. Mas, ao mesmo tempo, a actual conjuntura exige uma magistratura presidencial activa e dinâmica, dotada de conhecimento e experiência, que disponha de credibilidade junto dos seus interlocutores: agentes políticos, empresários, sindicatos, instituições da sociedade civil. Pelo exemplo de rigor e isenção que caracterizou o meu mandato, julgo que dei prova de que sou um Presidente credível, fiável e leal, que coopera com os demais órgãos de soberania para a concretização dos grandes objectivos nacionais.
Comigo, os Portugueses sabem com o que podem contar. A garantia dessa tranquilidade é essencial nos tempos conturbados que vivemos. A minha candidatura renova um compromisso com os Portugueses. Este manifesto expressa, com toda a clareza, as grandes linhas de orientação que me proponho seguir. Entendo que, como Presidente da República, me cabe apontar caminhos de futuro e estimular os poderes públicos e a sociedade civil a alcançá-los. Caso os eleitores me honrem com a sua escolha, irei trabalhar incansavelmente para fortalecer a confiança e incentivar a esperança. Faço-o por convicção sincera, pois tenho a firme certeza que há motivos para acreditarmos em Portugal. Acredito nos Portugueses.
Tudo farei para que nos reencontremos com os níveis de desenvolvimento da União Europeia e que a economia progrida com uma forte componente social de redistribuição da riqueza. Portugal tem de ser um país mais desenvolvido e mais justo. É essa a ambição que tenho para o meu País. Por isso me candidato à Presidência da República Portuguesa."
Aníbal Cavaco Silva
Porto, 29 de Novembro de 2010