quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Quem Votou Sócrates devia pagar a Crise

Os funcionários públicos e os pensionistas foram os alvos escolhidos pelo governo para conseguir reduzir o défice do Estado em 2011. No próximo ano, os salários da função pública acima dos 1500 euros terão cortes entre os 3,5 e os 10 por cento, uma medida inédita em Portugal, e todas as pensões ficarão congeladas. Nos impostos, o IVA passa de 21 para 23 por cento e o Governo avança com o corte das deduções no IRS.

As medidas foram anunciadas ontem pelo primeiro-ministro, José Sócrates, e pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, no final da reunião do conselho de ministros para aprovar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2011 e um conjunto de medidas adicionais destinadas a e garantir que o défice deste ano cai mesmo para 7,3 por cento.

O primeiro-ministro, que até aqui tinha evitado mexer nos salários na função pública, reconheceu que "não é possível uma redução imediata e efectiva da despesa sem uma redução na despesa com pessoal" e anunciou um corte de cinco por cento na massa salarial da Administração Pública e que se traduzirá numa redução de 3,5 por cento para os salários entre os 1500 e os dois mil euros ilíquidos e em reduções progressivamente mais altas nos escalões seguintes, até aos 10 por cento nos os salários mais elevados. A medida é válida para 2011 e vai manter-se no futuro, como fez questão de esclarecer o ministro das Finanças

Mas os cortes na função pública não ficam por aqui. As promoções e progressões ficarão congeladas, as ajudas de custo e as horas extraordinárias sofrerão reduções e, já este ano, a contribuição dos trabalhadores para a Caixa Geral de Aposentações aumenta um ponto percentual (de 10 para 11 por cento, passando a ser igual ao regime geral da Segurança Social). Será também proibida a acumulação de vencimentos públicos com pensões.

O sector privado também não escapa ao esforço de contenção do Estado. Outra das medidas que permitirá ao Estado poupanças significativas é o congelamento de todas as pensões no próximo ano, sejam do sector público, sejam do Estado. Em condições normais, este ano, as pensões até 629 euros, e que são a maioria, teriam um aumento igual à inflação apurada no final de Novembro (em Agosto foi de dois por cento). O Governo pretende ainda congelar 20 por cento das despesas com rendimento social de inserção e já em 2010 promete eliminar o aumento extraordinário de 25 por cento dos primeiros escalões do abono de família e eliminar os mais elevados.

Na prática, dois terços da consolidação orçamental a realizar em 2011 serão conseguidos à custa das medidas de corte da despesa, e que permitirão ao Estado encaixar 3,4 mil milhões de euros. Teixeira dos Santos, já no final da apresentação das medidas, lançou um desafio aos partidos da oposição: "Se não querem que se aumentem os impostos, desafio quem acha que se deve cortar mais na despesa a dizer em que mais é que se pode cortar para evitar aumentar impostos".

IVA e deduções fiscais

É que o outro terço da consolidação está nos impostos. O Governo adoptou medidas de forte impacto, mas com algum efeito diluído.

A primeira é um aumento da taxa normal de IVA que passa de 21 para 23 por cento. Mas o Governo promete que vai rever e sistematizar as tabelas de IVA e isso poderá implicar aumento substanciais dos preços de alguns bens. No anúncio das medidas adicionais ao PEC, em Maio passado, o primeiro-ministro lembrou que não fazia sentido a Coca-Cola ser taxada com uma taxa reduzida de IVA, por não ser um produto básico. E poderá haver outros produtos que passem de uma tabela de taxa reduzida para uma taxa normal. Desconhece-se o que acontecerá à taxa intermédia de IVA, criada sobretudo para a restauração e que ainda goza de um regime transitório.

A segunda medida mais importante estava já prevista do PEC anunciado em Março passado. Trata-se de limitar o uso de deduções à colecta de IRS (saúde, educação, etc.) e de benefícios fiscais. A sua aplicação acabou por provocar disputa com o PSD que considera tratar-se de um aumento de impostos.

Em terceiro lugar, o Governo vai aprovar - mais uma vez sem especificar - um "imposto sobre o sector financeiro", à semelhança do que está a ser aprovado na União Europeia.

Quanto espera o Governo receber com estes aumentos? Em termos globais, o valor anunciado foi de 1700 milhões de euros. Mas não são adiantadas receitas para cada uma das medidas.

No total, o Governo precisa de 4400 milhões de euros para passar o défice de 7,3 para 4,6 por cento em 2011. Com as medidas de ontem, consegue mais 5250 milhões. E no PEC II, o ganho já era de 2400 milhões para 2011. Medidas a mais, ou consolidação a menos nas outras áreas? Um dos problemas do Governo é que em 2010, sem a ajuda do fundo da PT (ver caixa ao lado) - que não se repetirá em 2011 -, o défice seria, não de 7,3, mas sim de 8,7 por cento. E por isso, o esforço em 2011 terá de ser bastante maior.
Fonte: Jornal Público

ALGUMAS DAS MENTIRAS DE SÓCRATES APONTADAS PELO PSD/GAIA
24 De Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou

2 De Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".

8 De Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".

30 De Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".

12 De Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".

16 De Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.

24 De Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sócrates, na "Islândia é que não"


ISLÂNDIA:
Parlamento Islandês decidiu processar o ex-primeiro-ministro Geir Haarde, que governava o país na altura em que o sistema financeiro se afundou, em Outubro de 2008, por “negligência”.
Imagine-se! Se a medida fosse adoptada em Portugal.

Fonte: Jornal público

domingo, 26 de setembro de 2010

Passos Coelho :"Cabe ao Governo encontrar alternativa"


O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou este sábado que o seu partido não quer regatear o Orçamento do Estado para 2011 e que cabe ao Governo «encontrar uma alternativa se entende que as condições do PSD não são justas», citado da Lusa.

O social-democrata sugeriu ao Governo que procure então um acordo com o Bloco de Esquerda, exemplificando com a candidatura de Manuel Alegre, apoiada por bloquistas e socialistas.

«O PSD não está a querer fazer uma zaragata nem um regateio do Orçamento. Se o Governo entende que essas condições do PSD não são justas, então que diga qual é a alternativa em termos de método e de apoio político e talvez consiga», disse Passos Coelho após ter visitado um empreendimento turístico nas Furnas, na ilha de S. Miguel, nos Açores.

Lembrou que o PSD já tinha dito «com muita antecedência» ao Governo «com o que podia contar» e que o Governo deveria ter dito até 9 de Setembro que não concordava com as medidas propostas pelo PSD.

«Se não disse nada, sabendo agora que não pode haver eleições, como pode o Governo ameaçar com a demissão do primeiro ministro?», questionou Passos Coelho.

Passos Coelho garantiu que «não se trata de um problema com o PSD mas sim com os portugueses, que não podem ser penalizados com mais impostos».
portugal diário iol

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

JSD: Lança Cartaz do ilusionista José Sócrates

A Juventude Social Democrata lançou hoje, quarta-feira, o seu novo outdoor, na Praça de Espanha(Lisboa).

Na falta do David Coperfield, a JSD convidou o segundo maior ilusionista do Mundo, José Sócrates, para uma demonstração ao vivo da sua arte de domínio da ilusão. José Sócrates é um reconhecido ilusionista a nível europeu, sendo a sua arte particularmente conhecida em Bruxelas, Paris e Berlim. Entre as suas façanhas mais recentes destaca-se o incrível número do "Aumento-do-desemprego-mas-que-vai-parecer-que-diminuiu".
Enquanto o governo continua a tentar iludir os jovens portugueses com ilusionismos e malabarismos do Primeiro-Ministro, o desemprego jovem continua a crescer de forma alarmante.
Quinze anos de governação socialista resultaram numa taxa de desemprego jovem que atinge os 21%. Ou seja, actualmente 2 em cada 10 jovens, 20 em cada 100, encontra-se no desemprego.
175.000 mil jovens com menos de 25 anos não tem emprego, 55 mil estão à procura do seu primeiro emprego enquanto 57 mil jovens licenciados não tem também solução para a sua situação laboral.
A esta realidade preocupante, acresce que os jovens que tem emprego, na maioria das vezes tem emprego mal pago, precário ou em áreas que não correspondem à área de formação em que investiram.
Por força desta negra realidade, cerca de 20% dos jovens vivem abaixo do limiar da pobreza.
Perante esta realidade Sócrates continua com a cabeça enfiada na areia tentando através de truques de ilusionismo, enganar os jovens portugueses e as novas gerações.
Enquanto o Secretário de Estado Juventude anda mais preocupado em ser "treinador de futebol" e o Primeiro Ministro em atirar areia para os olhos dos portugueses ignorando os números do desemprego jovem, a JSD exige assim atenção e medidas para este problema que tem atirado milharesde jovens para a pobreza.

sábado, 18 de setembro de 2010

Abertura do Ano Lectivo: Sermão da Ministra aos peixinhos

A Anedótica Comunicação ao País da Sra Ministra da Educação no arranque do Ano lectivo.
(clique)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

TGV: Mais um episódio à moda do Governo

Governo anulou o concurso do TGV para o troço Lisboa-Poceirão, por causa da crise.
Os três consórcios com propostas para o projecto de alta velocidade, em que entra também a terceira travessia do Tejo, começaram a ser notificados ontem, quinta-feira, da decisão do Executivo, avança o «Jornal de Negócios».

«A significativa e progressiva degradação da conjuntura económica e financeira de Portugal» verificada depois da altura em que o concurso foi lançado é a explicação dada no despacho dos Ministérios das Finanças e Obras Públicas publicado esta sexta-feira em Diário da República.

Este cenário negro resultou «em dificuldades acrescidas na obtenção de fundos pela iniciativa privada e no agravamento do custo associado à obtenção do próprio financiamento», o que implicaria também agravar as «condições das propostas dos concorrentes para além dos limites admitidos pelas normas que regulam o procedimento concursal».

«Assumimos o compromisso»: foi esta a promessa feita pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações quando no passado mês de Julho foi até Badajoz para acompanhar os testes de carga no primeiro troço do TGV Lisboa-Madrid, depois da fronteira portuguesa. O concurso agora anulado para o percurso entre Lisboa e Poceirão faz parte desta ligação de alta velocidade entre as capitais portuguesa e espanhola.

António Mendonça reconheceu, naquela altura, que a «crise obriga a que sejamos selectivos». Mas «ai daqueles que se esquecem das opções estratégicas, mesmo em momentos como este». No entanto, o Governo acabou por recuar no até agora prioritário projecto do TGV, no que a este troço diz respeito.

A decisão de não adjudicação dos concursos tem de ser comunicada aos concorrentes «no prazo de cinco dias», a contar da data da assinatura do documento hoje publicado em Diário da República.
portugal diário iol

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PSD:Proposta de Revisão Constitucional



Passos Coelho apresentou ao País as linhas orientadoras do projecto de Revisão Constitucional, agora, iniciado pelo PSD.

sábado, 11 de setembro de 2010

Alberto João Jardim ataca : Legislação/Educação/Trabalho


O Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, criticou os deputados pela forma como exercem a actividade legislativa na Assembleia da República, lembrando que as leis vão afectar «dez milhões de pessoas».

«Há um certo desleixo por parte da actividade legislativa ¿ não estou a dizer que os deputados são desleixados, isto é da organização dos grupos parlamentares» - (...) porque «aquela legislação vai mexer com a vida de dez milhões de pessoas e o que sucede é que não houve, de facto, cuidado em esmiuçar o que se estava a legislar e as consequências do que se estava a legislar», afirmou Alberto João Jardim, na abertura do Congresso Fundador da UGT ¿Madeira.

Falando nomeadamente sobre críticas à falta de produtividade no país, João Jardim voltou a defender uma revisão constitucional para uma profunda reforma que impeça, por exemplo, que um trabalhador espere durante anos para ver resolvido um problema laboral.

Alberto João Jardim considera ainda que o problema da falta de produtividade não reside apenas nas leis laborais, defendendo uma remodelação profunda para colmatar o «falhanço rotundo» do sistema educativo, área onde há «facilitismo».

O presidente do governo regional defende ainda a atribuição de prémios para os trabalhadores que tenham de facto contribuído para a produtividade da empresa. A este propósito, diz não entender «promoções por antiguidade».

Por fim, João Jardim considerou que as empresas que beneficiam da produtividade dos seus trabalhadores devem «distribuir os seus ganhos».

«Só com estes incentivos à produtividade é que as pessoas se vão sentir motivadas para trabalhar mais», disse.

Num discurso de cerca de 45 minutos, Alberto João Jardim criticou também o liberalismo e o que chamou de «teorias orçamentalistas», que são, «a desgraça de todos nós».

Salientou ainda que em Portugal se faz ao contrário do que se ensina na economia política, pois «reduz-se a massa monetária em circulação, reduz-se o número de trocas», assiste-se aos «produtos internos brutos degradarem-se e acorre-se, a tentar travar isto, aumentando cada vez mais os impostos, seja sobre quem for».

Jardim apontou ainda o dedo ao que considera serem as «inutilidades do Estado», referindo-se «a uma coisa que se chama Comissão Nacional de Eleições».
«Os senhores vão à conta do Estado e vejam quanto pagam para aqueles príncipes estarem ali. Há aí uma coisa que se chama Entidade Reguladora coisa nenhuma, que está no estado em que está. (...) Damo-nos ao luxo de termos entidades para controlar entidades que por sua vez controlam outros. Este país atingiu esta dimensão de paranóia. Toda a gente desconfia de toda a gente, toda a gente quer controlar toda a gente», disse.
excerto portugal diário iol

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Presidenciais: Cavaco Silva e o hipotético "fim" do Parlamento

Hoje (dia 9) é o último dia em que o Presidente da República pode dissolver a Assembleia da República. De acordo com a Constituição, o chefe de estado está impedido de o fazer no último semestre do mandato.

Passos Coelho, que chegou a desafiar o Governo na festa do Pontal, há menos de um mês, assegurou que não pretende criar instabilidade. «Se o PSD estivesse interessado na instabilidade política, teria por exemplo votado a moção de censura que foi apresentada(PCP) no Parlamento e não votámos». O problema é que a única moção de censura apresentada esta legislatura no Parlamento foi do PCP, a 21 de Maio, tendo sido chumbada com os votos contra do PS e a abstenção do PSD e do CDS.

O parlamento também não pode ser dissolvido nos seis meses posteriores à eleição do Presidente. Como o mandato de Cavaco Silva termina a 9 de Março, o presidente só podia dissolver o parlamento até hoje.

A questão da importância do dia 9 de Setembro foi levantada, em meados de Agosto, pelo líder do PSD. Pedro Passos Coelho desafiou o governo a devolver a palavra aos portugueses até essa data, enquanto o presidente tem os seus poderes intactos.

Entretanto, o tema parece ter caído e ontem mesmo o líder do PSD admitiu que a partir de agora o Governo «não irá criar nenhuma situação que crie instabilidade» no país. «A partir de amanhã (hoje) todos os agentes políticos, todos os partidos, todos os responsáveis, a começar pelo Governo, têm de medir muito bem as suas decisões e a sua actuação de modo a não criar situações no país que conduzam a um aumento da instabilidade», afirmou Pedro Passos Coelho, que visitou a Feira do Milho e das Grandes Culturas, em Valada (Cartaxo).

«Como o Governo não disse nada, eu presumo que, de hoje em diante, não irá criar nenhuma situação que obrigue à criação de instabilidade no país», acrescentou, quando confrontado com o silêncio de Sócrates.
portugal iol (excerto)

domingo, 5 de setembro de 2010

Passos Coelho no encerramento da Universidade de Verão

( Clique e Veja) :
Pedro Passos Coelho no encerramento da Universidade de Verão do PSD que se realizou em Castelo de Vide.
O PSD NÃO SERÁ MULETA DO PS

http://tv2.rtp.pt/noticias/?t=Passos-Coelho-avisa-que-nao-sera-muleta-do-PS.rtp&article=372862&visual=3&layout=20&tm=9

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, falava no encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, e prometia uma intervenção com sentido de responsabilidade, que não se deixaria arrastar para o "ping-pong partidário" ou para a polémica fácil. Nem por isso uma boa parte da intervenção deixou de ser dedicada a responder ao PS.

Que o Governo apresente "as continhas"
Assim, e fazendo valer os méritos que atribui ao seu partido, Passos Coelho exigiu que o PS, "antes de apresentar o Orçamento do Estado, apresente uma avaliação das medidas que foram decididas com o PSD para contenção da despesa pública".

E, prosseguindo na mesma linha, reclamou que "o Governo ponha rapidamente cá fora as continhas todas sobre o que se passou com o BPN e, depois disso, então que avance com uma reprivatização do BPN, mas não ao contrário".

Como aviso à navegação, afirmou também que "querer fazer do PSD a muleta do PS e de qualquer orçamento que este partido apresente apenas porque o Presidente da República não pode convocar novas eleições nos termos da Constituição e porque o PS e o Governo não estão na disponibilidade de emagrecer as contas públicas como deviam é uma perversão do sistema democrático".

Governo acusado de chantagem
Negou também que exista um dever implícito de viabilização do OE por parte dos partidos de oposição, lembrando que o PS perdeu a maioria absoluta e acusando o Governo Sócrates de "fazer chantagem com os partidos da oposição para que lhes deixem fazer aquilo que os portugueses não quiseram que eles continuassem a fazer quando decidiram nas últimas eleições".

Passos Coelho respondeu às acusações de irresponsabilidade lembrando que o PSD "inviabilizou uma moção de censura que atiraria o Governo abaixo" e atribuiu-se o mérito de ter feito "o mais difícil, que é um partido da oposição ter dado seu voto para que se aumentassem os impostos".

Proibido ir mais alguma vez "ao bolso dos portugueses"
Mas desta vez, avisou, o PSD tem "duas condições mínimas para viabilizar o Orçamento do Estado". São elas a exigência de "o Governo fixar objetivos mais ambiciosos para cortar na despesa" e, em segundo lugar, a de o Governo não ir "ao bolso dos portugueses mais vez nenhuma" Sem a satisfação dessas exigências mínimas, o PSD não será "muleta do PS ou de qualquer orçamento".

Lugar destacado na intervenção de Passos Coelho ocupou a crítica ao ataque projectado pelo Governo contra as deduções fiscais. Há, segundo Coelho, um problema de coerência do PS, que na campanha eleitoral se manifestara contra o questionamento das deduções fiscais por parte do Bloco de Esquerda. Sem mencionar explicitamente a polémica entre Sócrates e o BE, Coelho aludiu-lhe com suficiente clareza e lembrou que na altura tinham posições divergentes a este respeito, mas entretanto se encontram unidos no apoio ao mesmo candidato presidencial.

Um exemplo de despesismo
Para fundamentar as suas críticas à incapacidade de contenção de gastos por parte do Governo, e à busca de sucedâneos que oneram o orçamento das famílias, como o corte nas deduções fiscais, Passos Coelho evocou a compra pelo Estado de 2500 viaturas no valor de 35 milhões de euros.

Segundo Passos Coelho, e por contraste, em Inglaterra "o primeiro ministro decidiu que os membros do Governo, por norma, tivessem de se deslocar em transportes públicos". O presidente do PSD não assumiu, contudo, algum compromisso no sentido de um eventual governo seu seguir o exemplo britânico.

Que o governo faça o trabalho de casa
Com o projectado ataque às deduções fiscais, afirmou o orador, o Governo pretende reduzir o défice sem "fazer o seu trabalho de casa", isto é sem cortar na despesa, e compensando essa omissão com o plano de fazer os portugueses pagarem "de qualquer maneira".
A este plano o Governo acrescentaria, segundo Coelho, a campanha para fazer crer que, "se [os portugueses] não pagarem de qualquer maneira, é porque há um partido da oposição irresponsável que não nos deixa ir ao bolso dos portugueses. É esta a situação que estamos a viver"

A intervenção colocou, assim, o dirigente do PSD numa situação, que apesar de extremar a polémica, lhe permitirá flexibilizar a posição de voto do PSD no momento em que o PS, eventualmente, ceda na questão das deduções fiscais. Um eventual recuo do PS na questão das deduções já lhe valeria por parte do PSD um atestado de bom comportamento em matéria de ir ou não "ao bolso dos portuguees". E esse pouco bastaria, então, para que o PSD deixasse passar o OE sem perder a face.

Casa Pia mostrou lentidão da Justiça
Para além do debate em torno da aprovação do OE, Passos Coelho emitiu ainda algumas reflexoes sobre o significado do processo da Casa Pia.
A lentidão inaceitável da Justiça, de que esse processo constituiu cabal ilustração, é, para Passos Coelho, mazela numa das funções do Estado que "não podemos delegar em mais ninguém". E explicou que "uma Justiça que pode demorar até onze anos a fechar-se e a transitar em julgado não é uma Justiça. E nós não podemos ter em Portugal uma Justiça privada".
RTP

sábado, 4 de setembro de 2010

Psd: António Carrapatoso- (Universidade Verão)


(Clique e Veja as imagens)
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Antonio-Carrapatoso-esteve-na-Universidade-de-Verao-do-PSD.rtp&headline=20&visual=9&article=371900&tm=9
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O presidente do conselho de administração da Vodafone Portugal, António Carrapatoso, defendeu um «novo projecto político para Portugal», considerando que o PSD «está bem posicionado».

«É preciso um novo projecto político para Portugal. Julgo que o PSD está bem posicionado como alternância política para assumir essa responsabilidade», argumentou António Carrapatoso aos jornalistas.

O presidente do conselho de administração da Vodafone Portugal falava à margem de uma aula que deu aos participantes da Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide (Portalegre) até domingo.

«Não quer dizer que esse projecto político não possa ser assumido pelo Governo actual», disse António Carrapatoso. Contudo, sustentou, «será mais natural e normal que o PSD venha a provocar e a desafiar a sociedade portuguesa para esse projecto, mais do que o Governo actual».

De acordo com António Carrapatoso, o PSD tem a «responsabilidade» de apresentar um projecto político diferenciador para Portugal, uma vez que o país «não pode continuar na mesma situação» em que se encontra nos últimos anos.

«Nós não podemos continuar na mesma situação em que temos estado nos últimos quinze a vinte anos, temos tido projectos políticos que têm feito poucas mudanças em termos estruturais da nossa sociedade», disse.

«É preciso acelerar a capacidade de renovarmos a nossa sociedade. Agora temos que fazer isto com os portugueses, temos que apresentar um projecto político que os portugueses também abracem», declarou.

António Carrapatoso defendeu ainda que a mudança tem que passar por um «novo modelo social» que combata as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres, que combata o abandono escolar e que seja mais estruturado e preventivo. «A ruptura tem que ser feita com bom senso, coragem e determinação», concluiu.

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....
OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .