Foi um Santana Lopes sério e concentrado, sem nunca esboçar um sorriso, que recebeu esta terça-feira à tarde, a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, das mãos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Santana Lopes era o único antigo primeiro-ministro que ainda não tinha recebido esta condecoração.
Cavaco Silva justificou a condecoração a Santana Lopes e a outros três laureados, agraciados com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henriques, como um «acto de Justiça em relação a portugueses que serviram o país nos mais altos cargos da República e da Justiça». Cavaco Silva sublinhou ainda que se tratam de condecorações a personalidades que estão afastados de qualquer «cargo político de relevo», como seja deputado.
Numa curta declaração, o Presidente falou de «dever e tradição de condecorar aqueles que cumpriram funções de relevo» ao serviço do país. Santana Lopes recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e Santos Serra, antigo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, e Madruga da Costa e Machado Menezes, antigos presidentes da Assembleia Legislativa dos Açores, receberam a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henriques.
Convidados ilustres
À cerimónia, muito curta, com pouco mais de 10 minutos, assistiram os filhos de Santana Lopes e também ex-membros do Governo que presidiu, por convite do próprio. Entre eles, estiveram José Pedro Aguiar Branco, antigo ministro da Justiça e actual líder da bancada parlamentar do PSD, e Paulo Portas, Bagão Félix, Fernando Negrão e António Mexia. Outra presença discreta, mas notada foi a da presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, que não exerceu qualquer função no governo de Santana Lopes. Uma presença tanto mais relevante quando se sabe que o Congresso do PSD, para a realização do qual Santana Lopes conseguiu assinaturas, vai mesmo avançar antes das eleições directas do partido.
Se Cavaco foi parco em palavras, nesta cerimónia, Santana Lopes seguiu-lhe o exemplo e discursou apenas para dedicar a condecoração aos ex-colegas de Governo e assegurar que era uma «honra» recebê-la das mãos de Cavaco Silva. Os dois deram um forte aperto de mão, que foi registado pelos repórteres no local, parecendo deixar para trás algumas animosidades que se arrastam há anos.
Santana fez parte dos Governos de Cavaco, sempre como secretário de Estado. O agora presidente da República escreveu mais tarde, em 2004, um artigo no «Expresso» (o famoso artigo da boa e da má moeda), pouco antes de Jorge Sampaio ter feito cair o Governo de Pedro Santana Lopes, e um ano depois recusou que o PSD usasse a sua imagem num cartaz da campanha eleitoral, em que também aparecia Santana.
À saída da cerimónia, os jornalistas aguardavam Santana Lopes, na Sala dos Bicos do Palácio de Belém, mas nem uma palavra do antigo primeiro-ministro. O Santana Lopes circunspecto que entrou na residência oficial do Presidente da República foi o mesmo que a abandonou, cerca de 20 minutos e uma condecoração depois.
Cavaco Silva justificou a condecoração a Santana Lopes e a outros três laureados, agraciados com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henriques, como um «acto de Justiça em relação a portugueses que serviram o país nos mais altos cargos da República e da Justiça». Cavaco Silva sublinhou ainda que se tratam de condecorações a personalidades que estão afastados de qualquer «cargo político de relevo», como seja deputado.
Numa curta declaração, o Presidente falou de «dever e tradição de condecorar aqueles que cumpriram funções de relevo» ao serviço do país. Santana Lopes recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e Santos Serra, antigo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, e Madruga da Costa e Machado Menezes, antigos presidentes da Assembleia Legislativa dos Açores, receberam a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henriques.
Convidados ilustres
À cerimónia, muito curta, com pouco mais de 10 minutos, assistiram os filhos de Santana Lopes e também ex-membros do Governo que presidiu, por convite do próprio. Entre eles, estiveram José Pedro Aguiar Branco, antigo ministro da Justiça e actual líder da bancada parlamentar do PSD, e Paulo Portas, Bagão Félix, Fernando Negrão e António Mexia. Outra presença discreta, mas notada foi a da presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, que não exerceu qualquer função no governo de Santana Lopes. Uma presença tanto mais relevante quando se sabe que o Congresso do PSD, para a realização do qual Santana Lopes conseguiu assinaturas, vai mesmo avançar antes das eleições directas do partido.
Se Cavaco foi parco em palavras, nesta cerimónia, Santana Lopes seguiu-lhe o exemplo e discursou apenas para dedicar a condecoração aos ex-colegas de Governo e assegurar que era uma «honra» recebê-la das mãos de Cavaco Silva. Os dois deram um forte aperto de mão, que foi registado pelos repórteres no local, parecendo deixar para trás algumas animosidades que se arrastam há anos.
Santana fez parte dos Governos de Cavaco, sempre como secretário de Estado. O agora presidente da República escreveu mais tarde, em 2004, um artigo no «Expresso» (o famoso artigo da boa e da má moeda), pouco antes de Jorge Sampaio ter feito cair o Governo de Pedro Santana Lopes, e um ano depois recusou que o PSD usasse a sua imagem num cartaz da campanha eleitoral, em que também aparecia Santana.
À saída da cerimónia, os jornalistas aguardavam Santana Lopes, na Sala dos Bicos do Palácio de Belém, mas nem uma palavra do antigo primeiro-ministro. O Santana Lopes circunspecto que entrou na residência oficial do Presidente da República foi o mesmo que a abandonou, cerca de 20 minutos e uma condecoração depois.
iol Portugal diário
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