quarta-feira, 28 de abril de 2010

Deputado Cristóvão Crespo: O País e o Distrito


Conferência de imprensa
Deputado pelo círculo eleitoral de Portalegre
Cristóvão Ventura Crespo,
no Governo Civil de Portalegre,
em 26 de Abril de 2010
Agradecer a vossa presença, facilitando-me assim a ligação com os cidadãos e instituições, permitindo-me dar conta da forma como tenho vindo a exercer as funções de deputado, eleito pelo nosso círculo eleitoral de Portalegre.
Agradecer ainda ao senhor Governador Civil pela forma solícita como se tem disponibilizado e colaborado nestas acções de divulgação da actividade de deputado.
Como nota prévia esclarecer dúvidas suscitadas por algumas vozes que se fizeram ouvir aquando da última intervenção, ocorrida em finais de Novembro, e o porquê da realização deste tipo de actos no Governo Civil.
E a razão é simples.
Os deputados eleitos representam a Nação e não só os respectivos partidos políticos, por tal motivo, o Estatuto do Deputado no nº 5 do artigo 12º, dispõe que
Os governos civis, quando solicitados pelos Deputados, devem disponibilizar instalações adequadas que lhes permitam um contacto directo com a comunicação social e com os cidadãos dos seus círculos.
Por isso aqui estamos convosco, não para afrontar ninguém mas para dar conta dos aspectos mais relevantes que ocorreram nos últimos meses.
Assim
Cumprem-se hoje, dia 26 de Abril, exactamente 6 meses sobre o inicio de funções do actual Governo socialista.
Só seis meses e estamos perante um governo “ velho “ e desgastado.
Seis meses que já demonstraram que a realidade que tinham pintado aos Portugueses de tons rosa era afinal muito negra.
Seis meses em que fomos confrontados com
- Taxa de desemprego superior a 10%
- Défice das contas públicas acima dos 9%
- Endividamento nacional superior à riqueza que estamos a produzir
O que nos resta das grandes promessas de “avançar” que os socialistas tinham feito?
Um Orçamento e um Programa de Estabilidade e Crescimento que nos amarra a um Estado, sempre mais gastador e com piores prestações de serviços.
Um Governo sempre mais gastador logo cobrador de mais impostos
Um Governo que retira cada vez mais recursos às famílias e às empresas, quando eles lhe são mais necessários.
Um Governo que não afecta recursos para a comparticipação nacional nos projectos comunitários, levando a baixos níveis de execução do QREN - Quadro Referência Estratégica Nacional.
Um Governo e um Partido Socialista que se deviam preocupar com as questões mais dramáticas que se vivem na sociedade portuguesa, tais como o desemprego, a sustentabilidade económica e financeira das empresas, a justiça, a educação e a saúde
Mas não
As grandes preocupações do PS têm sido propostas em áreas que sendo importantes para alguns sectores ( Aborto, Casamento entre pessoas do mesmo sexo ), muito específicas, descuram os grandes problemas atrás referidos.
Ao nível do território também a política seguida tende a acentuar a macrocefalia das maiores cidades, colocando em risco de sobrevivência as cidades dos distritos do interior.
Ao candidatar-me e após ser eleito sempre tenho tido consciência que este é o principal desafio do mandato que me foi confiado.
Passados seis meses considero o trabalho realizado bastante positivo, porque resultou do meu envolvimento pessoal e de múltiplos contributos que me foram prestados ao nível autárquico, empresarial ou institucional.
Aos que me possibilitaram ter contributos úteis na resolução ou tentativa de resolução de problemas que nos afectam o meu agradecimento.
Nunca é demais lembrar que o meu compromisso, enquanto deputado na Assembleia de República é defender as “ Causas do Distrito “, porque Nós merecemos.
Mas também podem estar conscientes que a tarefa não é fácil e que todos somos poucos para conseguir obter alguns resultados.
Como já tenho afirmado noutras ocasiões, para o desenvolvimento do Distrito, todos, independentemente do posicionamento político/partidário ou do posicionamento sectorial, temos de encontrar forma de valorizar as nossas posições colectivas e dar contributos para concretizar as nossas causas.

Não podia terminar sem vos dar nota das preocupações que sinto ao olhar para a realidade do Distrito e verificar a incapacidade que o Partido Socialista, em cada dia que passa, revela para enfrentar os desafios que nos são colocados.
E afirmo-o como preocupação genuína de alguém que vive no Distrito e não como adversário político do PS, porque o momento é suficientemente grave para ultrapassar a questão partidária.
O País vive um momento difícil em que os recursos são cada vez mais escassos e a estrutura distrital do Partido Socialista revela grande dificuldade em influenciar as decisões do Governo.
Cada vez as decisões que nos afectam são tomadas por aqueles que estão em competição directa connosco, donde resulta que os interesses do Distrito não são devidamente defendidos.
A degradação da nossa representação nos diversos serviços de base local ou regional tem vindo sucessivamente a acentuar-se.
Neste quadro de crise e ao mesmo tempo de fraca representatividade dirigente é fácil perceber que os nossos projectos, as nossas ambições vão sendo sucessivamente adiados.
Não é necessário pensar muito para verificar que
- Afinal o Centro de Formação da GNR já não vai ser construído na modalidade da Parceria Público Privada, mais sim exclusivamente com financiamento público.
Mas como os recursos públicos são escassos é só retirar conclusões;
- Na Coudelaria de Alter do Chão efectuou-se forte investimento público, particularmente acarinhado pela CMAC.
Após as obras concluídas qual a decisão?
Constitui-se uma Fundação e subordina-se a mesma a uma entidade que nada tem que ver com a região – a Companhia das Lezírias.
A Fundação vive com problemas financeiros, envia trabalhadores para a mobilidade especial, mas afinal agora o CA vem designar um Administrador Delegado com vencimento milionário,
- Em Elvas encerraram vários serviços e estruturas com a promessa da construção de um Estabelecimento Prisional
Os serviços foram encerrando mas dos novos não existe rasto
- Para a ULSNA-Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano após a demissão do anterior presidente, para o topo da estrutura são designados dirigentes oriundos do Distrito de Évora.
Estes são alguns exemplos relevantes mas outras poderiam facilmente ser elencadas.
Perante este quadro não nos podemos deixar acomodar é preciso reagir.

Por isso vos digo hoje e aqui
Podem continuar a contar comigo
Cristóvão Ventura Crespo

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Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....
OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .