terça-feira, 13 de abril de 2010

Relatório: Portugal e a segurança interna


OSCOT- Observatório de Segurança,Criminalidade Organizada e Terrorismo
O encontro promovido pelo OSCOT, teve como objectivo analisar o Relatório Anual de Segurança Interna de 2009 (RASI), José Manuel Anes afirmou: «Temos máfias de Leste, temos assaltos a residências, assaltos a ourivesarias de crime organizado de romenos e moldavos».

O presidente considerou «preocupante» este tipo de crime organizado que actua em Portugal.

Segundo o mesmo responsável, as «máfias de Leste» são sobretudo compostas por jovens adultos estrangeiros, «bastante violentos» que fazem muitos assaltos. «Portugal é a última paragem. Fazem assaltos em Itália, França e Espanha. É um dado preocupante que necessita de cooperação policial», acrescenta.

Mas esta não é a única máfia que Portugal deve temer: há «máfias russas que fazem tráfico de droga no sul de Espanha» e, dada a proximidade com Portugal, «podem instalar-se no país, fazendo lavagem de capitais através de especulação imobiliária».

Da mesma forma, existem plataformas africanas que distribuem droga para a Europa, sendo Portugal «uma porta de entrada», e «quem controla as plataformas africanas é a Nigéria», referiu.

José Manuel Anes considera 2008 o pior ano para Portugal em termos de criminalidade e não se mostrou satisfeito com os resultados de 2009: «Não podemos ficar satisfeitos porque houve estabilização de 2008 para 2009, mas ainda é um nível alto, temos que reflectir sobre as razões porque a estabilização resultou».

Segundo o RASI de 2009, a criminalidade violenta e grave diminuiu 0,6 por cento face a 2008, ano que tinha aumentado 10,8 por cento face ao ano anterior (2007). Já a criminalidade participada às autoridades diminuiu 1,2 por cento. O presidente da OSCOT considera, por isso, que as operações de prevenção, rusgas e operações stop, além da resposta «mais rápida aos sinais de alarme relativamente a determinados assaltos» estão a dar frutos.

O deputado do PSD Fernando Negrão também se manifestou relativamente a este assunto, e justificou o aumento da criminalidade em vários distritos do interior com a proximidade com Espanha: «Existe o fenómeno das redes transnacionais. Entram em território nacional e praticam o crime e depois voltam para Espanha». «É um fenómeno que leva a um aumento do crime nos centros próximos da fronteira».

O deputado PSD considerou que o RASI devia explicar os números da criminalidade e as cifras negras. «Estamos a falar da criminalidade grave e violenta, assaltos a ourivesarias, farmácias, estações de gasolina», adiantou.

Por sua vez, o criminalista João Rucha Pereira defendeu «um controlo sistemático e aleatório» das fronteiras do espaço Schengen, uma vez que as «máfias e criminosos circulam livremente» entre as fronteiras.
Fonte: portugal diário

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Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

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OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .