quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Desemprego em portugal atinge 12,9%



A taxa de desemprego em Portugal subiu para 12,9 por cento em Outubro, um novo máximo histórico.
O nosso país apresenta a quarta maior taxa da União Europeia (UE) no total dos países dos quais o Eurostat disponibiliza números.
De acordo com os dados divulgadas esta quarta-feira pelo gabinete de estatísticas europeu, a taxa de desemprego em Portugal avançou uma décima por comparação com Setembro e seis décimas comparando com os dados de Outubro de 2010, quando a taxa se situou nos 12,3%.
Pior que Portugal estão a Espanha, cujo desemprego voltou a aumentar, agora para os 23,1%, a Irlanda, que chegou aos 14,3% (o mesmo valor de Setembro), e a Eslováquia, que se situou em Outubro nos 13,6%, mais uma décima que em Setembro.
Em contrapartida, o desemprego na Alemanha caiu mais que o estimado pelos economistas.
No caso português, o Eurostat indica ainda que o desemprego entre os jovens (até aos 25 anos) avançou três décimas entre Setembro e Outubro, situando-se agora nos 30,4%, e que o desemprego entre as mulheres continua superior ao registado nos homens (13,3% face a 12,6%).
UE com taxa de 9,8%, Zona Euro cinco décimas acima
Os números de Portugal superam a média da UE e da Zona Euro, que se situam nos 9,8 e 10,3%, respectivamente.
De acordo com os dados sobre o desemprego divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu, quer a UE no seu todo quer a Zona Euro avançaram uma décima entre Setembro e Outubro deste ano e duas décimas por comparação com igual período de 2010.
O desemprego entre os jovens na UE (até aos 25 anos) situou-se em Outubro nos 22% e na Zona Euro nos 21,4%, continuando as mulheres a registar uma taxa de desemprego superior aos homens.
Já a taxa de inflação anual da Zona Euro foi de 3% em Novembro, valor semelhante ao registado em Outubro.

Tags: DESEMPREGO, EMPREGO, PORTUGAL, EUROSTAT, AGÊNCIA FINANCEIRA

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Madeira ao rubro

O PSD, na assembleia legislativa da Madeira, aprovou uma alteração ao regimento que vem permitir que um só deputado possa votar pelos 25 de toda a bancada.

(veja )

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Desemprego continua a subir em Portugal


A taxa de desemprego portuguesa ficou nos 12,4% no terceiro trimestre de 2011, o que traduz uma subida de 0,3 pontos percentuais face ao valor observado no trimestre anterior, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de desemprego das mulheres (12,9%) excedeu a dos homens (12,0%), mas ambas subiram face ao trimestre anterior.

Estima-se que, entre Julho e Setembro deste ano, o número de desempregados em Portugal, se fixou nos 689.600 indivíduos, um aumento trimestral de 2,2% ou 14.600 pessoas. A juntar a isto, população empregada encolheu 0,8%, ou 39.300 pessoas, estimando-se que estejam agora empregados pouco mais de 4.853.700 de pessoas.

O INE destaca o aumento no número de mulheres desempregadas, superior ao registado entre os homens, e também entre os jovens (dos 15 aos 24 anos). Pelo contrário, o desemprego de indivíduos com 25 e mais anos diminuiu. Por níveis de escolaridade, o desemprego alastrou sobretudo entre indivíduos com ensino secundário, pós-secundário e superior. Há também mais pessoas à procura do primeiro emprego e desempregados recentes (nesta situação há menos de um ano). Pelo contrário, o desemprego de longa duração diminuiu.

Quadros despedidos e mais contratos em part-time

O emprego diminuiu em todos os grandes sectores, da agricultura à indústria, construção e até serviços.

No final de Setembro, Portugal tinha menos 24.400 trabalhadores por conta de outrem, mas também menos 14.700 trabalhadores por conta própria. De entre os trabalhadores por conta de outrem, diminuiu sobretudo o número daqueles que tinham um contrato de trabalho sem termo.

Ao passo que o número de trabalhadores a tempo completo caiu em 45.400 indivíduos, registou-se um aumento do número de trabalhadores a tempo parcial (mais 6,2 mil).

Lisboa, Madeira e Algarve com taxas mais altas

Por regiões, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas em Lisboa (14,6%), Região Autónoma da Madeira (14,3%), Algarve (13,3%) e Norte (12,7%). Os valores mais baixos foram observados no Centro (9,4%), na Região Autónoma dos Açores (11,6%) e no Alentejo (12,3%).

A taxa de desemprego aumentou em todas as regiões, com excepção do Centro e do Algarve, onde diminuiu. Os maiores acréscimos ocorreram na Região Autónoma dos Açores, Lisboa e Região Autónoma da Madeira.

O INE revela ainda que a população activa residente em Portugal diminuiu 0,4% (abrangendo 24.600 indivíduos) face ao trimestre anterior. Já a população inactiva com 15 e mais anos aumentou 0,9%, face ao trimestre anterior, abrangendo 30.700 indivíduos.




Fonte: portugaldiário

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grave: Endividamento das Câmaras Municipais


Orçamento do Estado atira 103 câmaras para o 'vermelho'
Sem terem somado um euro à dívida, um terço dos municípios do país ficam por via administrativa em situação de endividamento excessivo
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Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/orcamento-do-estado-atira-103-camaras-para-o-vermelho=f682854#ixzz1bmOBNyQr

Fonte: Expresso

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deputado reune com Administração dos Hospitais Elvas/Portalegre



-NOTA DE IMPRENSA –


Procurando manter-se fiel aos compromissos assumidos com os seus eleitores e prosseguindo uma intervenção política de permanente acompanhamento e proximidade em relação à situação e aos problemas do Distrito pelo qual foi eleito, o deputado Cristóvão Crespo reuniu, na última sexta-feira, dia 21 de Outubro, com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA).


Nesta reunião de trabalho foram passados em revista e analisados diversos temas ligados à organização, gestão e prestação de cuidados de saúde às populações do Distrito de Portalegre, nomeadamente:


1. Convenções para consultas, tratamentos e exames complementares de diagnóstico com entidades privadas e/ou externas à ULSNA.
2. Reorganização da rede de cuidados de saúde primários no Distrito, à luz das recentes medidas tomadas pelo Conselho de Administração da ULSNA e relativas a novos horários dos centros de saúde, fusão de unidades e extinção de extensões de saúde.

Foi consensual que não existiu nem existe, por parte do Ministério da Saúde, a indicação ou imposição de qualquer medida concreta; mas tão-só, e tendo em conta a difícil situação económico-financeira e orçamental do País, uma orientação, de carácter genérico, no sentido de uma gestão mais racional, rigorosa e eficiente dos recursos disponíveis.
Trata-se, acima de tudo, de adequar o nível da despesa aos fundos disponíveis para a financiar, com o objectivo primordial de assegurar a sobrevivência do Serviço Nacional de Saúde, garantindo a prestação de cuidados de qualidade a todos os Portugueses.

Aos diversos serviços e entidades integrados no Ministério da Saúde (entre os quais se encontra a ULSNA), e aos respectivos dirigentes, cabe, neste contexto e tendo em conta a especificidade de cada uma das realidades locais, identificar e implementar medidas que concorram para esse desígnio comum.
O deputado Cristóvão Crespo não deixou, a este propósito e perante o Conselho de Administração da ULSNA, de acentuar claramente a sua posição de que é essencial, independentemente das medidas que já foram ou venham a ser postas em prática, garantir a equidade no acesso aos cuidados de saúde, em particular no que se refere a sectores mais vulneráveis e/ou mais desfavorecidos da população do Distrito.
Por outro lado, manifestou a sua firme convicção de que os Autarcas têm que ser vistos como interlocutores directos e parceiros privilegiados da Administração Central, e dos seus organismos, e devem ser ouvidos e envolvidos, de forma proactiva, em qualquer processo de mudança que ocorra a nível dos respectivos Municípios.
No caso concreto das alterações ao funcionamento de centros e extensões da saúde, tal não aconteceu; o que não pode deixar de se registar de forma crítica, esperando que ainda venha a ser possível encetar e aprofundar um diálogo produtivo com os Autarcas, na procura daqueles que, em cada caso, serão os contributos possíveis de cada uma das partes para a obtenção das melhores soluções.

Portalegre, 23 de Outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cavaco Silva critica cortes na Função Pública






O Presidente da República é «coerente», e discordou do corte de 5% no salários dos funcionários públicos, em Janeiro, realizado pelo anterior Governo, voltando agora a criticar a opção do Executivo de Passos Coelho em retirar subsídios de Natal e de férias, de novo à Função Pública - e só à Função Pública.«É a violação de um princípio básico de equidade fiscal», afirmou esta quarta-feira Cavaco Silva, à saída do 4º Congresso Nacional dos Economistas, sublinhando que «a redução de vencimentos e de pensões a grupos específicos é um imposto». «Vem nos livros», disse ainda, discordando, por isso, da alocação desta verba do lado do corte da despesa, como fez o Governo, quando, para Cavaco, estes cortes são um «imposto», e, por isso, receita.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Juros da dívida avançam após anúncio de austeridade



Juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos a dois anos estavam a transaccionar nos 17,163 por cento, acima dos 17,143 por cento da média da sessão de quinta-feira


Os juros da dívida soberana portuguesa estão esta sexta-feira a subir em todos os prazos, após terem sido conhecidas novas medidas de austeridade em Portugal.

Os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos a dois anos estavam a transaccionar nos 17,163 por cento, acima dos 17,143 por cento da média da sessão de quinta-feira, enquanto o spread face à dívida alemã (referencial para a Europa) atingia os 1.648 pontos base.

Também no prazo a cinco anos, os juros avançavam para os 14,342 por cento (face aos 14,310 por cento de quinta-feira) com o spread nos 1.295 pontos base.

Na maturidade a 10 anos, os juros subiam igualmente com as taxas cobradas pelos investidores para transaccionar dívida portuguesa a fixarem-se nos 11,608 por cento, contra os 11,594 por cento.

O spread, neste prazo, situava-se nos 942,3 pontos base.

A mesma tendência da dívida pública portuguesa registava-se na Grécia, com os juros a subirem igualmente em todos os prazos.

A cinco anos, no mercado secundário, situava-se nos 29,662 por cento (face aos 29,619 por cento de quinta-feira).

Na maturidade a 10 anos, no caso da Grécia, os juros subiam igualmente dos 23,969 por cento para os 24,013 por cento.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira novas medidas de austeridade, inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2012, que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de Natal para os funcionários públicos com vencimentos e pensões acima dos mil euros durante os próximos dois anos.


TVI 24

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Portugal precisa de um PSD forte, mobilizado, agregador das energias da sociedade civil”



O Secretário-Geral do PSD considera que o “Governo e Portugal precisam de um PSD forte, mobilizado, agregador das energias da sociedade civil”. José Matos Rosa, que participava na inauguração da nova sede do PSD de Arruda dos Vinhos, sábado, elencou algumas das medidas e reformas que o Governo já concretizou, desde a tomada de posse a 21 de Junho.
Na Educação, o Governo resolveu com o problema da avaliação dos professores. O Ministério da Solidariedade apresentou, por seu turno, o Programa de Emergência Social e aumentou em 20 mil o número de vagas nas creches. Na Economia, o Primeiro-Ministro apresentou no debate quinzenal da passada quarta-feira, a Estratégia Económica para Portugal para os próximos anos. Na administração pública, o Governo aprovou em tempo recorde um Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), que prevê a extinção de 23 direcções gerais, 21 institutos públicos e 11 direcções regionais, 6 entidades públicas empresariais, 6 inspecções gerais e 6 secretarias-gerais, bem como outras 34 estruturas. Na agricultura, a tutela conseguiu libertar 25 milhões de euros para regularizar todos os pagamentos em atraso do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).
“Nós estamos comprometidos com o futuro e com o sucesso de Portugal e dos Portugueses”, frisou José Matos Rosa.
Nesta cerimónia, estiveram ainda presentes o presidente da Comissão Política do PSD de Lisboa Área Oeste, Duarte Pacheco, o presidente da Câmara Municipal, Carlos Lourenço, e o presidente da Comissão Política de Arruda dos Vinhos, Lélio Lourenço.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Portugal: Caminho de dificuldades



O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou, a propósito da recessão da economia portuguesa prevista para 2012, que o Governo sabe e nunca escondeu que Portugal tem pela frente «um caminho de dificuldades».

Questionado pelos jornalistas, no Parlamento, Miguel Relvas começou por afirmar que a maioria PSD/CDS-PP nunca prometeu «facilidades», avisou que seriam necessários «sacrifícios», mas obteve a confiança dos portugueses para «ultrapassar as dificuldades gerindo um projecto de mudança para Portugal».

«É o que estamos a fazer, na economia, nas finanças. Só faz crescer a economia quem tem a capacidade de controlar a despesa e o défice», considerou o ministro, antes de apontar o dedo ao PS: «Nós sabíamos que o Estado em Portugal gastava demais, mas essa era a função de outros. Aqueles que cá estiveram gastaram, cabe agora a esta nova maioria criar condições para que Portugal ultrapasse estas dificuldades».

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, admitiu hoje que a previsão do Governo de recessão económica para 2012 poderá chegar aos 2,5 por cento, devido à conjuntura internacional.

Segundo o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, o país enfrenta «dificuldades não só portuguesas, mas também dificuldades europeias».

Miguel Relvas reforçou que o Governo está consciente de que Portugal tem «pela frente um caminho de dificuldade». «Agora, o que nós prometemos e dizemos aos portugueses de uma forma muito clara é que todas as dificuldades, todos os sacrifícios, toda a austeridade tem de ser feita com justiça, com equilíbrios, e que tem de valer a pena. Os portugueses têm de sentir que fizeram sacrifícios para que Portugal ultrapassasse estas circunstâncias», completou.

Nestas declarações aos jornalistas, Miguel Relvas voltou a sustentar que nos primeiros cem dias em funções «nunca um Governo em Portugal foi tão reformista, teve tantas iniciativas, foi capaz de mudar».

«A verdade é que fizemos muito, mas ainda sabe a pouco. Passámos os primeiros cem dias tentar e a conseguir criar mecanismos para controlar a despesa, para controlar o défice, mas sabemos que há o outro lado, que é o do crescimento da economia. Nós precisamos de gerar emprego porque se as empresas portuguesas não forem competitivas e não exportarem, nós não geramos emprego e se não geramos emprego não geramos riqueza. Esse é o nosso objetivo», concluiu.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Governo: Megaleilão de Imóveis



O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social tem em curso a maior operação de alienação de património de que há registo. Estão à venda 130 imóveis devolutos, em várias zonas do Norte e Sul de Portugal, com os quais o organismo tutelado pelo ministro Pedro Mota Soares pretende angariar mais de 20 milhões de euros, segundo os preços-base definidos para os imóveis.
Os imóveis em questão são património desocupado – nomeadamente devido a penhoras por dívidas à Segurança Social – e, nalguns casos, as instalações apresentam até algum grau de degradação. O imóvel com preço-base mais baixo é uma garagem na Marinha Grande, posta à venda por 3.230 euros. O mais caro são as antigas instalações industriais da empresa Máquinas Pinheiro, na Trofa, cuja licitação terá de ser superior a 3,5 milhões de euros.

Nos registos históricos disponibilizados no site da SS, que recuam até ao ano 2000, é a maior operação do género conduzida por este organismo, em número de imóveis postos à venda.

E, como é normal nos leilões do Estado, os montantes definidos como licitação-base podem ser uma boa oportunidade de negócio, embora o estado dos imóveis tenha de ser ponderado com cautela pelos potenciais compradores. Por exemplo, um T4 na Rua Silva Carvalho, em Campo de Ourique, Lisboa, tem o preço-base de 189 mil euros, e há um T7 à venda por 350 mil euros na Avenida Guerra Junqueiro. Embora as habitações estejam abaixo dos preços de mercado, as fotos disponibilizadas pela SS mostram que as obras de recuperação necessárias podem ser dispendiosas.

Até ao final do mês decorre um período de visitas aos imóveis. As propostas devem ser entregues até 3 de Outubro. A empresa ou particular que ficar com os imóveis terá de pagar uma entrada de 15% do valor da compra, sendo o montante remanescente liquidado no momento da escritura de compra e venda.

O SOL questionou o Ministério da Solidariedade e Segurança Social sobre o destino das receitas com a alienação dos imóveis, mas não obteve esclarecimentos até ao fecho da edição.

joao.madeira@sol.pt

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Coligação Agradece

A coligação agradece

Diz a Oposição que «a coligação não está a cortar na ‘gordura’ do Estado, conforme prometeu, e em vez disso sobrecarrega os mesmos de sempre com mais impostos.» E os portugueses, será que acham o mesmo dos primeiros meses da governação de Passos Coelho?

Há impostos que vão aumentar, sim. Transitoriamente e não para «os mesmos de sempre» ou para «os mais desfavorecidos». Injustamente ou não, a verdade é que o aumento de 2,5% da taxa máxima de IRS, anunciado por Vítor Gaspar, incide apenas sobre os contribuintes do último escalão, aqueles que auferem mais de 153,3 mil euros/ano, os quais, conjuntamente com os do penúltimo escalão mais elevado, sofrerão também o fim -decretado por dois anos- das deduções com Saúde e Educação.

A outra parte da mesma verdade é que os portugueses compreendem que, menos de três meses de governação depois, ainda é cedo para exigir todos os resultados da prometida contenção que está a ser levada a cabo do lado da despesa e que até 2013 equivalerá a mais de 8,5 mil milhões de euros.

Não deixa, pois, de ser algo surpreendente ouvir a esquerda falar, apesar de, creio, consciente da sua demagogia. Interrogo-me sobre o que, para si, seria mais correcto fazer nesta fase? Agravar os impostos aos cidadãos dos escalões inferiores e aliviar os contribuintes de mais elevados rendimentos para, assim, conseguir atacar a situação de emergência financeira, herdada dos governos Sócrates?

E esse discurso dos partidos à esquerda da governação, será ele politicamente eficaz? Assim fosse e as últimas sondagens não confirmariam a maioria absoluta do Governo e, à Oposição, os mesmos resultados alcançados em 5 de Junho. Passos e Portas, com a popularidade ainda em alta, só devem agradecer ao PS, CDU e BE pelo caminho escolhido.

PS: Achei no mínimo estranho alguns participantes na Universidade de Verão do PSD terem efusivamente cantado «Soares é fixe! Soares é fixe!» após a intervenção do ex-Presidente da República, em Castelo de Vide. Será que não haveria outra maneira de (a Jota) agradecer a palestra, por certo simpática e meritória, que o histórico socialista ofereceu em terreno social-democrata?

Nuno Marques - Vereador da Câmara de Lagos eleito pelo PSD
Este artigo de opinião foi publicado na edição do dia 9 de Setembro de 2011 do jornal 'O Algarve' (distribuido aos sábados no Algarve com o jornal 'Expresso').
http://insuspeito.blogspot.com/2011/09/coligacao-agradece-opiniao-publicada-no.html


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Castelo de Vide: Universidade de Verão "Jota" PSD


Uma centena de "jotas" juntam-se a partir de hoje em Castelo de Vide, para mais uma Universidade de Verão do PSD, iniciativa que volta a marcar a “rentrée” oficial do partido.

Com as aulas este ano a cargos de ‘professores’ como o presidente do Tribunal de Contas, que irá falar sobre corrupção, ou o antigo líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa, a semana irá terminar no domingo com o discurso do líder social-democrata, Pedro Passos Coelho. Esta intervenção “marcará a linha orientadora do partido nos próximos meses”, disse o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas.

Já hoje, caberá a Miguel Relvas dar o ‘pontapé de saída’, com uma intervenção na abertura da Universidade de Verão. Defendendo que é Portugal que não está condenado a ser um dos países mais atrasados da Europa, Miguel Relvas irá apostar num “discurso de esperança”.

Ao longo da semana, além das ‘aulas’ do presidente do Tribunal de Contas e de Marcelo Rebelo de Sousa, outros ‘professores’ passarão por Castelo de Vide, como o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Carlos Pimenta, ex-ministro do ambiente do PSD, e o presidente do conselho de administração da Vodafone António Carrapatoso, entre outros.

A Universidade de verão do PSD conta todos os anos com cem jovens alunos. Na presente edição, têm uma média de idades de 23 anos, sendo que 40 por cento são mulheres.


domingo, 21 de agosto de 2011

Adeus Abono de família: Efeitos do Governo Sócrates


No espaço de um ano, quase 600 mil crianças deixaram de ter direito ao abono de família, devido às regras implementadas pelo Executivo de Sócrates em 2010. Por um lado, foram eliminados os dois escalões mais elevados, por outro, as famílias passaram a ter de apresentar provas de todos os rendimentos que recebem.

De acordo com o boletim estatístico da Segurança Social, nos primeiros seis meses deste ano havia 1,16 milhões de beneficiários desta ajuda do estado, ou seja, menos 595 mil do que em igual período do ano anterior.

Contas feitas, no primeiro semestre deste ano, o Estado já poupou 160 milhões de euros, diz a TVI.

Esta redução é explicada por vários factores: o quarto e o quinto escalões deste abono foram extintos, a majoração em 25 por cento dos abonos para os dois primeiros escalões foi eliminada e a segurança social apertou o cerco na fiscalização. Tudo porque passou-se a considerar todos os rendimentos auferidos pelo agregado familiar para determinar se teria direito a apoios do Estado.


Estas alterações tinham como objectivo aliviar os encargos do estado com os apoios sociais, em nome do equilíbrio do défice público.

Veja o desenvolvimento da notícia na Agência Financeira

domingo, 31 de julho de 2011

Governo vai reorganizar nomeações na Admnistração Pública


O Governo deverá apresentar, já na próxima semana, um novo diploma para regular as nomeações na Administração Central. Isso mesmo foi anunciado pelo primeiro-ministro durante o debate quinzenal, no Parlamento.

O objectivo é «remover da esfera estritamente política estas nomeações, obtendo para este efeito um período que poderá estender-se até Dezembro de 2012» para a elaboração de um quadro definitivo das comissões por serviço que poderão cessar».

Passos Coelho aproveitou para esclarecer, já depois de ter abordado várias vezes as nomeações na Caixa Geral de Depósitos, quando interpelado pelos deputados, que o Governo entendeu «que deveria manter parte da anterior administração (quatro ex-administradores permaneceram)» e que «o reforço não teve em conta nenhum, mas nenhum critério de carácter partidário».

O primeiro-ministro argumentou que «todas as personalidades que foram nomeadas para a CGD têm currículos que falam por si e, objectivamente, quer o Dr. Nuno fernandes, quer o professor António Nogueira Leite, não construíram nem a sua vida académica, nem profissional à custa de favores dos seus partidos».

Por outro lado, «se existe uma intenção clara do Governo de não misturar partidos com administração de empresas públicas», Passos Coelho diz que «ser militante de um partido não é penalização para ser indicado seja para que sítio for».

E garantiu: «Quero dizer que não existe em nenhuma parte do país nenhuma nomeação que Governo tenha realizado em razão de cartões partidários». Nem no país, nem na CGD. «Sobre isso, estou tranquilo».

As nomeações podiam ter sido outras? «Podiam, mas foram esta e não foram em razão de nenhum favor partidário».

sexta-feira, 1 de julho de 2011

As Medidas para um País à Beira da banca Rota



O Governo anunciou esta quinta-feira no Parlamento a criação de um imposto especial sobre todos os tipos de rendimentos sujeitos a IRS, que será equivalente a 50% do subsídio de Natal, a partir do salário mínimo. Se ganhar 1000 euros, paga 257,5 de imposto.

O anúncio foi feito por Passos Coelho, no dia em que se dirigiu pela primeira vez ao Parlamento na qualidade de primeiro-ministro, e na abertura da discussão do programa do Governo.

«Quero anunciar a adopção, com carácter extraordinário, de uma contribuição especial que incidirá sobre todos os rendimentos sujeitos a englobamento em sede de IRS, respeitando o princípio da universalidade». Ou seja, incidirá sobre todos os tipos de rendimento, incluindo salários, pensões, mais-valias bolsistas.

É uma «uma contribuição especial para o ajustamento orçamental», a vigorar apenas este ano.

O primeiro-ministro anunciou ainda que o «detalhe técnico» desta «medida temporária» está «a ser ultimado», e deverá ser «apresentado nas próximas duas semanas». O peso da medida será «equivalente a 50% subsídio de natal acima do salário mínimo nacional», concluiu.

Défice pior que o esperado

A medida destina-se a assegurar o cumprimento das metas de consolidação orçamental, que passam por colocar o défice público nos 5,9% do Produto Interno Bruto no final do ano. Uma meta difícil, tendo em conta que, segundo dados do INE, no final do primeiro trimestre, o saldo negativo era de 8,7% do PIB.

«Preparados para todos os cenários, ficámos ontem a saber que é com o mais indesejável e exigente que teremos de trabalhar», explicou. «Mas nem por isso deixaremos de cumprir as metas do programa de ajustamento da economia portuguesa», assegurou. Esta orientação «terá precedência sobre quaisquer outros objectivos, o Governo não sujeitará o país a quaisquer riscos nesta matéria».

Segundo o primeiro-ministro, esta contribuição especial renderá 800 milhões de euros ao Estado, um valor «indispensável para não deixar qualquer incerteza quanto ao resultado de défice a alcançar», e para que não persista o «risco de virem a ser precisas medidas de última hora».

A situação do país «força-me a pedir mais sacrifícios aos portugueses», admitiu o novo chefe do executivo.

Privatizações e reestruturação das empresas públicas antecipadas

Além da contribuição especial, o primeiro-ministro anunciou ainda a antecipação de duas medidas que constavam do acordo com a troika e do programa do Governo: já no terceiro trimestre deste ano avançará a reestruturação do sector empresarial do Estado (SEE), o programa de privatizações e a revisão do quadro regulatório, medidas destinadas a «promover a concorrência, a tornar o Estado menos intrusivo na vida económica, e a abrir a economia nacional aos estímulos do exterior».

Também já este ano avança um plano de «controlo rigoroso da despesa», um «ambicioso programa de monitorização e controlo de desvios orçamentais» que terá como tarefa «prevenir e corrigir eventuais desvios».

Mas porque, por cada medida de austeridade imposta aos portugueses, o Governo promete apoiar os mais desfavorecidos, avança até ao final de Julho o Programa de Emergência Social, que deverá começar a ser concretizado já no início do último trimestre deste ano. Entre os mais desfavorecidos que contarão com o apoio do Governo, Passos Coelho elencou «as crianças, idosos, desempregados que perderam o acesso ao subsídio e não conseguem trabalho, pessoas com deficiência e mulheres com filhos a seu cargo».

Governo trabalha em clima de angústia

«É neste clima de angústia que o Governo inicia funções», anunciou, dizendo esperar «estar à altura das expectativas do país».

segunda-feira, 20 de junho de 2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Portugal: Análise de Marcelo Rebelo de Sousa



Marcelo Rebelo de Sousa falou este domingo à noite, no habitual comentário na TVI, sobre qual poderá ser a composição do próximo Governo e as principais pastas.

O comentador falou também sobre os candidatos à liderança do PS, depois da saída de José Sócrates do cargo de secretário-geral.


http://www.tvi24.iol.pt/videos/video/13443225/1

Marcelo Rebelo de Sousa comentou ainda as declarações feitas pela eurodeputada Ana Gomes ao líder do CDS-PP, Paulo Portas, dizendo que este devia processá-la, depois da socialista dizer que ele não têm idoneidade para integrar o próximo Governo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Portugal vencerá Só com o PSD (VOTE)




Pensem nisto antes de votarem dia 5 de Junho 1 -


Pior dívida pública dos últimos 160 anos (mesmo não incluindo PPPs e empresas públicas).


2 - Pior taxa de desemprego dos últimos 90 anos (duplicou em 6 anos)


3 - Maior dívida externa dos últimos 120 anos


4 - Dívida externa bruta em 1995 de 40% do PIB


5 - Dívida externa bruta em 2010 de 230% do PIB


6 - Dívida externa líquida em 1995 de 10% do PIB


7 - Dívida externa líquida em 2010 de 110% do PIB


8 - DÍVIDA PÚBLICA em 2005 = 82.000.000.000€


9 - DÍVIDA PÚBLICA em 2010 = 170.000.000.000€10 -


Últimos 10 anos = 3º país do mundo com PIOR CRESCIMENTO ECONÓMICO (atrás do Haiti e Itália)


11 - Últimos 10 anos = 4º país do mundo com MAIOR CONTRACÇÃO de DÍVIDA.


12 - Actualmente no 4º lugar do TOP dos PAÍSES DO MUNDO EM RISCO de BANCARROTA


13 - Em 2011 só PORTUGAL, Grécia e Costa do Marfim estarão em recessão no MUNDO


14 - Em 2012 só PORTUGAL estará em recessão no MUNDO.




SE AMAM PORTUGAL...TENS O PODER NAS MÃOS NO DIA 5 DE JUNHO...PENSA NOS TEUS FILHOS E NETOS!!!!!






VOTA PSD ESTÁ NA HORA DA MUDANÇA


domingo, 29 de maio de 2011

Acompanhe a campanha do PSD: Portugal vai Mudar

ESTÁ NA HORA DE MUDAR


Acompanhe a Campanha do PSD

(clique) http://www.psd2011.com/

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Visita de Passos Coelho ao Distrito de Portalegre


DISTRITO DE PORTALEGRE: A Mudança é possível
com Passos Coelho, Portugal vai Ganhar

Veja as imagens:
http://www.youtube.com/watch?v=psdVPnbEc8Y&feature=player_embedded

domingo, 22 de maio de 2011

PASSOS COELHO no Distrito de Portalegre (24 de Maio)

(clique )http://horademudarportalegre.blogspot.com/


Na próxima Terça-feira (dia 24 de Maio), o Dr Passos Coelho estará em campanha no Distrito de Portalegre.




Almoço Comício 13 .00 h, Pavilhão da NERPOR- Portalegre.




COMPAREÇA
ESTÁ NA HORA DE MUDAR

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cistóvão Crespo em Elvas (Sábado dia 21)


CRISTÓVÃO CRESPO EM ELVAS
Cabeça de Lista pelo Círculo de Portalegre em Campanha no Concelho de Elvas.

ACOMPANHE O CABEÇA DE LISTA E OS RESTANTES CANDIDATOS.
ROBERTO GRILO, CARLOS SOUSA, PAULA MARQUES

SÁBADO DIA 21 DE MAIO
ELVAS- 10.00
S.VICENTE-12.30
SANTA EULÁLIA
-15.00
BARBACENA-16.00
VILA FERNANDO- 17.00
TERRUGEM-18.00 HORAS
VILA BOIM -19.00
VARCHE /CALÇADINHA-20.30 HORAS

JANTAR 21.00- HORAS RESTAURANTE S. JOSÉ (CALÇADINHA)












segunda-feira, 16 de maio de 2011

MEDIDAS DA TROIKA



O Económico teve acesso ao memorando de entendimento fechado entre o Governo e a 'troika' com todas as medidas de austeridade.

-Acordo abre porta a subida dos bilhetes dos comboios
-Equipas especiais de juízes para processos fiscais acima de um milhão de euros
-Tabaco e automóveis com mais impostos
-Empresas vão poder pagar menos por horas extraordinárias
-Acordo impõe aumento da concorrência nas telecomunicações
-Corte na despesa com Saúde chega a 550 milhões de euros
-Bancos de horas negociados directamente com trabalhadores
"Falsos" trabalhadores independentes passam a ter apoio no desemprego
Subsídio de desemprego passa a ser declarado no IRS

‘Troika' exige cortes na ADSE

Despedimento individual por justa causa vai ser ajustado
‘Golden shares' do Estado são para eliminar até Julho
Taxas moderadoras aumentam e atingem mais portugueses
‘Troika' quer incentivar arrendamento
Portugal tem mais tempo para cortar défice mas não evita dois anos de recessão
Novo aeroporto sem fundos públicos e TGV Lisboa-Porto suspenso
‘Troika' quer aumentar IVA na factura da electricidade
Menos oito mil funcionários públicos por ano
Patrões descontam menos para a segurança social
Proprietários de casa serão penalizados com mais IMI
Mais cortes na Transtejo e no Metro de Lisboa colocam serviços em risco
BPN será vendido até Julho e não tem preço mínimo
Governo tem 12 mil milhões para injectar nos bancos
Desempregados só vão ter subsídio durante 18 meses
TAP, EDP e REN para privatizar na totalidade este ano
Redução de pessoal no Estado é para continuar
Pensões acima de 1.500 euros vão ser cortadas
Acordo não prevê redução de salários nem corte nos subsídios de férias e Natal
Troika cobre 100% das necessidades de financiamento em 2011
Objectivo do défice para 2011 fixado em 5,9%

CGD deve aumentar capital com recursos próprios
‘Troika' quer definir critérios específicos para extensão de portarias
Eliminação de serviços gera poupança de 500 milhões
Empresas do Estado têm que poupar 515 milhões de euros

sexta-feira, 13 de maio de 2011

PSD;apresenta deputdos em ELVAS

PSD APRESENTA DEPUTADOS PELO CIRCULO DE PORTALEGRE EM ELVAS

DIA 14 DE MAIO , (SÁBADO) 16.30 HORAS

CENTRO ARTÍSTICO ELVENSE----ELVAS

COMPAREÇA.


VAMOS MUDAR PORTUGAL





segunda-feira, 9 de maio de 2011


Dignidade nacional


Nas próximas eleições existe um elemento fundamental em jogo: dignidade nacional. Se, como várias vozes alvitram, o partido de José Sócrates tiver um resultado digno, a nossa democracia sofrerá um rude golpe. Portugal será a chacota mundial.
Não se trata de uma questão de votos, mas de elementar racionalidade. Aqueles dirigentes que presidiram seis anos, quatro dos quais em maioria, aos destinos nacionais, não podem ser poupados. Depois de longos tempos a negar a realidade, a manipular a imagem, a pintar quadros ilusórios em que cidadãos e mercados não acreditam, só ficarão impunes com descrédito para o sistema político.
Nos últimos 32 meses, ou o Governo ignorava a realidade ou sabotou deliberadamente a situação nacional. Não há outra explicação. Se a charada da vitimização tiver êxito eleitoral, isso mostra não a qualidade do Governo mas a tolice dos eleitores. Com a chantagem da instabilidade, ficção da política de sucesso, desplante de negar o óbvio, Sócrates andou anos a dançar na borda do vulcão. Agora que o País caiu lá dentro, o PS não pode ser poupado. Como na Grécia e na Irlanda, Portugal precisa de que ele perca forte a 5 de Junho.
Antigamente, algo evitava estas circunstâncias. Chamava-se vergonha. O responsável pela condução nacional ao colapso, mesmo considerando-se tecnicamente inocente, assumia politicamente a situação e afastava-se para dar lugar a outros. Mas esse pudor político anda muito arredado das praias nacionais, como andou no auge do Liberalismo oitocentista e na ruína da Primeira República. Mais que a incompetência e corrupção, era o descaramento dos responsáveis que então destruía a vida nacional. Foi essa a nossa experiência democrática até meados do século XX.
Por isso, após 1974 tanto se temia o regresso da liberdade, que nunca rodara bem nestas paragens. Surpreendentemente, o regime funcionou. Funcionou mesmo muito satisfatoriamente. Nas três primeiras décadas após Abril, apesar de inevitáveis tropelias e abusos, presentes em todos os regimes, existiu honra, dignidade, elevação, acompanhada por alternância e desportivismo. É isso que tem resvalado ultimamente. As próximas eleições mostrarão se regressámos à antiga podridão ou se foram lapsos passageiros.
Mas não há situações em que, após o desastre, a administração permanece? Sim, nos casos de Mugabe, Gbagbo e, até há pouco, Mubarak ou Kadhafi. É essa semelhança que nos condena.
Quer isto dizer que o Partido Socialista tem de ser punido? Este PS sim! Aliás, o partido é uma das grandes vítimas da situação. A reeleição estrelar de José Sócrates, consagrada no XVII Congresso, com votações à Mugabe, apenas manifesta isso de forma pungente. Quando acabar o delírio, será preciso salvar o partido deste longo pesadelo que se arrisca a afectá-lo gravemente. Além de arruinar o País, o consulado Sócrates, na única maioria absoluta socialista, danificará seriamente a sua área ideológica. Na ânsia de se salvar política e pessoalmente, o primeiro-ministro enterra aquilo mesmo que diz defender.
Uma das declarações originantes na nossa democracia deu-se a 26 de Novembro de 1975. O vitorioso major Ernesto Melo Antunes disse na televisão, relativamente aos vencidos: "A participação do PCP na construção do socialismo é indispensável." Agora é bom lembrar que o Partido Socialista é também indispensável à democracia. Estes meses são dos piores da sua ilustre história. Mas o longo delírio socrático, que termina nesta louca corrida para o abismo num autismo aterrador, não pode servir para desequilibrar duradouramente a estrutura partidária nacional. Há que salvar o PS de si mesmo.
No dia 5 de Junho, os portugueses votarão. Costuma louvar-se a sabedoria do povo. É fundamental que os eleitores, entre alternativas mornas e demagogia dura, compreendam a situação. A escolha hoje não é de políticas. Após 32 meses de negação, ilusões e derrapagem, quem for eleito terá grande parte da sua tarefa definida pelos nossos credores. O que está em causa é mesmo a dignidade nacional.

JOÃO CÉSAR DAS NEVES
DN 2011-04-11

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mensagem da Islândia a Portugal


mensagem da Islândia a Portugal

Por Nick Dearden [*]

Esta semana testemunhámos duas reacções muito diferentes à dívida europeia. Num extremo da Europa, eleitores da Islândia decidiram mais uma vez não aceitar os termos de pagamento dos seus "credores", os governos britânico e holandês, na sequência do colapso de bancos islandeses em 2008. No outro, Portugal está a ser empurrado para o caminho da terapia de choque pela União Europeia, com o povo desse país excluído de um processo que mudará a sua vida de modo dramático.

Nem a Islândia nem Portugal terão vida fácil nos próximos anos. Mas há um mundo de diferença entre a recusa do povo da Islândia a "pagar por bancos falidos", nas palavras do seu Presidente, e o sofrimento que está a ser imposto de fora a Portugal. O responsável do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, deixou perfeitamente claro que as negociações sobre o futuro de Portugal "não são certamente para debate público".

O povo da Islândia não teve uma reacção automática. As pessoas ali estão bem conscientes de que a recusa em pagar a curto prazo é o caminho menos fácil a adoptar. Um iminente processo judicial por parte do Reino Unido e da Holanda, a reacção negativa de mercados de crédito e o ameaçado bloqueio à sua entrada como membro da UE cobrarão a sua portagem.

Mas para o povo da Islândia a ortodoxia de como se supõe que os países devam tratar de dívidas não é simplesmente enviesada, ela é profundamente injusta, distribuindo de modo não razoável poder e riqueza dentro e entre sociedades. O eleitor de 28 anos Thorgerdun Ásgeirsdóttir disse: "Sei que isto provavelmente nos prejudicará internacionalmente, mas vale a pena tomar uma posição".

Se o povo de um país que realmente entrou na ideologia do mercado livre, dos mercados de capitais desregulados e dos empréstimos baratos pode recusar-se a pagar pelos crimes dos bancos, então pode-se esperar que aqueles que o fizeram menos bem durante as décadas de boom financeiro sintam-se ainda mais entusiasmados.

Na Grécia, tal ira começa a transformar-se num desafio construtivo ao poder das finanças. Centenas de académicos, políticos e activistas apelaram a uma comissão de auditoria da dívida. Tal comissão abriria todas as dívidas da Grécia ao exame público – confrontando directamente o modo como o FMI e a União Europeia trabalham por trás de portas fechadas para impingir os seus muitas vezes desastrosos remédios aos países membros.

Como disseram activistas gregos: "o povo que está destinado a arcar com os custos de programas da UE tem um direito democrático de receber plena informação sobre a dívida pública. Uma Comissão de Auditoria pode começar a corrigir esta deficiência".

.A resolução popular actualmente está a ser reforçada por um sítio web fenómeno – um filme viral chamado debtocracy (governo pela dívida) – que varre a população online da Grécia e convence-a de que foi trapaceada. No princípio do próximo mês activistas de toda a Europa e do mundo em desenvolvimento reunir-se-ão em Atenas para estabelecerem em conjunto um programa que desafiará as políticas do FMI na Grécia.

O acordo de Portugal apenas começa a ser carpinteirado. Tal como na Grécia e na Irlanda, um pacote de salvamento (bail-out) beneficiará primariamente bancos da Europa Ocidental, com €216 mil milhões de empréstimos em aberto a Portugal, ao passo que as pessoas comuns aguentarão um programa de cortes profundos nas despesas, direitos dos trabalhadores reduzidos e privatização generalizada. O responsável do
Banco Carregosa , de Portugal, declarou ao Financial Times: "Não é um exagero chamar a isto terapia de choque".

As comparações com países em desenvolvimento são óbvias e os erros ali já estão a ser repetidos. Muitas vezes bancos foram salvos e as pessoas mais pobres do mundo foram empurradas para uma pobreza ainda mais profunda. Países que vão desde Serra Leoa à Jamaica estão a acumular cada vez mais dívidas, sempre mais, para aplacar a tempestade dos banqueiros.

Eis porque deve ser traçada uma linha na Europa. Despejar mais dívida por cima das desgraças acumuladas de Portugal nada fará para ressuscitar a economia. A dívida de Portugal é totalmente insustentável – em grande medida resultado de empréstimos privados irresponsáveis ao longo da última década. Aqueles responsáveis estão a ser salvos, aqueles que não são sofrem as dores. Foi isto que a Islândia recusou-se a fazer.

O povo da Islândia ergueu-se pela sua soberania. O seu futuro parece consideravelmente mais brilhante do que o da Irlanda ou de Portugal. O povo da Grécia está apenas a começar a sua luta. Os resultados terão um impacto monumental sobre o combate contra a pobreza e a desigualdade em todo o mundo.

[*] Director da Jubilee Debt Campaign .

O original encontra-se em
http://www.counterpunch.org/dearden04152011.html


(in blog “Pau Para Toda A Obra”, em 17Abr2011)

terça-feira, 12 de abril de 2011

FOI PEDIDO O RESGATE


FOI PEDIDO O RESGATE ( Medina Carreira)


Bom, dado o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país. Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar. Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos. Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos). Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto: Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate. Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teriamos taxas de juro nos 20% ou mais). Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro. Como sempre fez. Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI. Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem). A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado). Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo. Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá). Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto óasis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas? E todos sabemos que o engº relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo? Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário. Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais. É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada. O resto é folclore para consumo interno. E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses). Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente). Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui. Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.

Henrique Medina Carreira.

sábado, 2 de abril de 2011

Telefones : Os números 707 (burla à portuguesa!!!)



Telefonar para números começados por 707 custa uma fortuna, principalmente se for de um telemóvel. Recuse ligar para números 707 Estes números (chamados únicos pela PT) não são considerados números pertencentes à rede fixa (!) pelo que são sempre pagos. Mesmo aqueles que estãoa pagar uma mensalidade com a promessa de terem chamadas grátis, terão sempre que pagar (e muito!) estas chamadas. A Autoridade Nacional de Comunicações tem recebido um volume considerável de denúncias e reclamações de consumidores relativas ao uso indevido destes números. Como se não bastasse o já de si elevado custo dos 707, em algumas das situações fiscalizadas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) foi detectada a utilização dos prefixos 707 para a prestação de serviços de audiotexto – aumentando assim exponencialmente o custo das chamadas - tendo por isso sido instaurados processos contra-ordenacionais. Por outro lado, muitas vezes surgem os 707 acompanhados de designação de “chamada local” ou “número azul” - o que é falso, pois estas chamadas são as com prefixo 808 – confundindo assim quem faz a chamada e levando a pensar tratar-se de números de baixo custo. Burla já detectada pela Anacom Os números de telefone começados por 707, para além de apresentarem um elevadíssimo custo para quem faz a chamada, raramente são acompanhados do seu custo por minuto (por que será?). Quanto custa ligar para estes números? Só quando se recebe a factura ou o saldo do telemóvel termina se poderá ter a percepção do roubo que fomos alvo. A Autoridade Nacional de Comunicações tem recebido um volume considerável de denúncias e reclamações de consumidores relativas ao uso indevido destes números. Como se não bastasse o já de si elevado custo dos 707, em algumas das situações fiscalizadas pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) foi detectada a utilização dos prefixos 707 para a prestação de serviços de audiotexto – aumentando assim exponencialmente o custo das chamadas - tendo por isso sido instaurados processos contra-ordenacionais. Por outro lado, muitas vezes surgem os 707 acompanhados de designação de “chamada local” ou “número azul” - o que é falso, pois estas chamadas são as com prefixo 808 – confundindo assim quem faz a chamada e levando a pensar tratar-se de números de baixo custo. Recuse ligar para números 707 Como se pode verificar, estes números pelo seu elevadíssimo custo são uma fantástica invenção da PT (e outros operadores) por forma a obrigar o consumidor a pagar verdadeiras fortunas por um simples telefonema. Agora quando ligar para um 707 e lhe derem música do lado de lá, já sabe que a musiquinha lhe ficará bastante cara. Mais grave ainda é muitos números de telefone oficiais estarem a mudar para 707, por que será que nos querem obrigar a gastar fortunas com os telefones?. É o caso do telefone da DGCI, das «novas oportunidades» do MTSS (o tal programa do Governo que transforma semi-analfabetos em proprietários do 12.º ano de escolaridade), da EPUL, do número de apoio da Secretaria de Estado das Comunidades (707202000), Etc. Etc. É um escândalo, será que ninguém proíbe este atentado aos nossos bolsos? Quem encomenda roupa, bilhetes para o cinema, etc. etc, ligando para um 707 acaba por pagar mais pelo telefonema que pelo bem que pretende comprar, curioso não?? Governo obriga cidadãos a gastar fortunas em telefonemas Companhias de seguros também aderem à triste “moda” Quando se circula de automóvel e se tem um acidente, o natural será ligar para a seguradora através do telemóvel. E qual o prefixo da maior parte dos números de assistência disponibilizados pelas seguradoras? 707 é claro! Por que nos obrigam a gastar fortunas em telefonemas? Será que recebem uma percentagem dos elevados custos pagos pelos desafortunados que necessitam de apoio?


Fonte: Esta informação e alerta está a circular na internet.

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....

Em Setembro era ASSIM...Em Outubro executivo dá razão à oposição....
OBS: Por contestação da Oposição o Executivo Socialista Recuou passado um mês. Baixa IMI (desce 0,1% )e Derrama (desce 0,75%) .